Quem foi o profeta
Amós?
Luciano Rogerio de
Souza
Amós (significa aquele
que suporta o jugo) foi um dos grandes profetas e iniciara uma nova
etapa no profetismo hebraico. Foi o primeiro a ter um livro de compilação das
suas próprias profecias. Nascera em Tecoa,
que se localizava nas colinas do Reino sul (Judá). Era um pastor rico e
trabalhava com plantação de figos silvestres. Não era um pastor comum, era rico
e bem educado (letrado). Tivera diversas visões sobre a destruição de Israel
como nação. Suas profecias foram todas cumpridas no seu tempo. Portanto suas
profecias não tinham teor escatológico (ultimas coisas).
A primeira metade do século oito
antes de Cristo, fora um período de enorme prosperidade para Israel, como para
Judá. Jeroboão II conquistara as rotas comerciais da região.
Nesta época houve um grande
desenvolvimento do comércio, gerando riquezas, seguida de apostasia. A
prosperidade material, como sempre acontece, desencadeou corrupções sociais e
religiosas. Nos dias do profeta Amós a região onde ele vivia era a mais
corrupta de todo o Oriente Próximo. A questão da violência, alcoolismo,
prostituição eram aceitas como algo comum. Veja que tudo se repete hoje também,
tais coisas são consideradas comuns.
A nação pensava que sua
prosperidade era uma benção do Senhor. A prosperidade era uma consequência da
permissão divina e das questões política, militar e comercial, ou seja, oriunda
do livre arbítrio humano e suas invencionices. A prosperidade mudou tudo, até a
essência humana, como a alma e o coração. Mudanças manifestaram em idolatria. A
abundância conduziu o povo a quebrar o pacto com Deus. Concluindo: o povo
estava próspero e o Senhor estava aborrecido com a situação da nação.
A maioria dos profetas de Israel
nos dias de Amós não passava de aduladores e degenerados. Situação que levou o
profeta a não aceitar ser chamado de profeta devido à banalização da função - E
respondeu Amós, dizendo a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta,
mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros (Amós 7.14).
Os discípulos de Amós foram os
primeiros a registrarem as palavras de um verdadeiro profeta. Até então
registravam as obras dos profetas (milagres), os primeiros cronista registravam
os feitos dos profetas e não as palavras como acontecia nos dias de Eliseu e
Elias.
Israel após divisão em dois
reinos, a região norte levou o nome de Israel e adotou a idolatria (paganismo).
Para realizar uma concorrência com o Reino Sul (Judá), que tinha o tabernáculo,
a arca e as tabuas da Lei.
O profeta recebeu a ordem de se retirar
de Judá e ir até Israel, profetizar
contra a idolatria e toda sorte de iniquidade. Até as mulheres que, só queriam
viver no luxo, procedente da opressão dos pobres, foram advertidas - OUVI
esta palavra vós, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimis
aos pobres, que esmagais os necessitados, que dizeis a vossos senhores: Dai cá,
e bebamos. Jurou o Senhor DEUS, pela sua
santidade, que dias estão para vir sobre vós, em que vos levarão com ganchos e
a vossos descendentes com anzóis de pesca (Amós 4. 1,2). A mensagem
tinha como publico alvo os habitantes do reino norte (Israel) e também os do
reino sul (Judá), pois ambos se afastaram do Senhor.
Amós ficava no santuário de
Betel, lugar estratégico para profetizar as palavras do Senhor. Pois esse lugar
era o centro religioso de Israel. Havia peregrinação a Betel para o culto ao
bezerro de ouro. A degradação da sociedade produziu injustiças sociais, que
foram condenadas pela a voz do profeta do senhor.
Seu ministério profético acabou
com sua expulsão pelo rei Jeroboão II, não chegou a dois anos de atuação. A
mensagem de Amós fora rejeitada. O juízo divino que ele anunciara se cumpriu 50
anos depois.
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