Jesus is Lord and Savior will return ...
Senhor Jesus está voltando …
Antioquia e Alexandria: duas escolas de interpretações bíblicas
Luciano Rogerio de
Souza
As cidades de Antioquia (Síria) e
Alexandria (Egito) eram centros de difusão, da cultura grego romana, que
posteriormente foram cristianizadas. Alexandria era maior e mais influente,
fato que a ajudou a dominar o pensamento (interpretação) cristão até a Reforma
Protestante. Ali (Alexandria) também ficou bem nítido que sua “teologia” aderiu
a uma tendência mais filosófica.
Antioquia no primeiro século era
considerada mais importante em detrimento da cidade egípcia (para os cristãos).
Pois os discípulos de Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos
(seguidores de Cristo ou pertencentes a Cristo) naquela localidade. A igreja
que se encontrava em Antioquia, deu o pontapé inicial para as atividades
missionárias, enviando Paulo e Barnabé.
Alexandria defendia uma
interpretação mais alegórica e espiritual (conceito válido somente para eles).
Já Antioquia fazia apologia à hermenêutica mais histórico/literal/gramatical,
método que veio ameaçar as tradições, principalmente do catolicismo.
Um fato interessante foi à
decisão de Orígenes, considerado o maior teólogo de Alexandria. Defensor
ferrenho da alegoria castrou-se (cortou o pênis) por problemas pessoais,
aplicando literalmente o texto - Portanto, se o teu olho direito te
escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se
perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno
(Mateus 5.29). Que contradição!
O método alegórico espiritual
reinou por mais de mil anos. Mas com o advento da Reforma Protestante, Lutero resgatou o método
histórico/literal/gramatical, o qual era o mais usado pela igreja primitiva (ou
seja, não que a igreja não usasse o alegórico, porém ele era secundário).
Observe este exemplo clássico que
elucida a postura das duas escolas - O que não faz uso da vara odeia seu filho,
mas o que o ama, desde cedo o castiga (Pv. 13.24). Os alexandrinos
modernos defendem que “vara” é uma alegoria de Palavra de Deus. Aceitando um
conceito mais mundano (secular), de principio da Psicologia, que o castigo só
produz coisas negativas. Os representantes modernos da Antioquia faz uma defesa
literal do texto, atribuindo a palavra “vara” o significado de correções,
limites e castigos.
Às vezes as trocas entre as
interpretações acontecem. A interpretação literal é usada no lugar da
alegórica, gerando sempre confusões e novas doutrinas. Veja este exemplo onde
há esta troca de alegórico para literal - Aconselho-te que de mim compres ouro provado
no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não
apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para
que vejas (Ap. 3.18). O sentido real da palavra aqui é alegórico ou
simbólico, pois a cor branca representa pureza e santidade. Contudo, alguns de
forma equivocada interpretam literalmente, acreditando que o Senhor Jesus
ordenou usar somente roupas brancas. Que lastima!
Para finalizar os exemplos,
concentre-se neste que explica a troca de literal para alegórico - LANÇA
o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito,
porque não sabes que mal haverá sobre a terra (Ec. 11.1,2). Perceba que
a própria explicação da palavra “pão” no verso primeiro, encontra-se no
versículo segundo. A palavra pão tem o sentido literal.
O texto nos ensina compartilhar
com os pobres e necessitados. Porém muitos professam que a palavra “pão” tem
seu sentido alegórico, realizando uma alusão a Jesus ou a Palavra de Deus, que
devemos pregar ou anunciar. Este conceito está explicito no novo testamento não
precisando floreara-lo no antigo testamento. Por que fazem esta alteração?
Porque não querem repartir nada com ninguém. Concluindo, Jó tinha este costume
de partilhar. Quando ele perdeu tudo, foi retribuído (lei da semeadura) pelos
amigos que ele ajudou no passado. Como o patriarca ajudara a muita gente e,
eles o retribuíram, se tornou mais rico do que era antes.
O método alegórico/espiritual é
bom para manter vivas às tradições (antibíblicas), que não resistem o sentido
original do texto por meio de uma análise histórica, literal e gramatical.
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