Segundo reportagem da Agência Câmara, "pesquisas registram mais de 200
assassinatos a homossexuais em todo o país". Sim, mas assassinados por quê? Pelo
fato de serem homossexuais? Pelo fato de estarem em ambientes marcados pela
violência? Pelo consumo de drogas? Pela libertinagem? Por latrocínios? Pelo fato
de estarem de madrugada em ruas e bairros perigosos? Não se cita. Assim sendo,
parece que, se um homossexual estiver andando de madrugada na Vila Cruzeiro no
Rio de Janeiro e calhar de ele ser assassinado, engrossará as estatísticas de
"assassinatos contra homossexuais".
Não bastasse a ausência de detalhes
em tais pesquisas, todos os veículos de imprensa falham em mencionar que, no
Brasil, no ano de 2007, ocorreram 47.707 assassinatos. Logo, se cerca
de 200 são contra homossexuais, então o número de assassinatos contra
homossexuais é 0,42% do total.
Homossexuais representam 0,42% da
população? Certamente não. Não há pesquisas isentas sobre o número de
homossexuais no Brasil, embora os grupos gays mais radicais dizem chegar a 9% da
população. No entanto, na Europa, onde a aceitação ao homossexualismo é maior
que no Brasil, a porcentagem de gays não chega a passar de 2%.
No Reino
Unido, segundo pesquisa da ONS (Office for National Statistics), feita com quase
250.000 pessoas, chegou-se à conclusão que 1,3% dos homens são gays, 0,6% das
mulheres são lésbicas e 0,5% são bissexuais. No total, 1,5% das pessoas são gays
ou bissexuais.
Na Espanha, pesquisa da INE, baseada em 10.838
entrevistas praticadas no último semestre de 2003, assinalou que somente 1% da
população mantém relações exclusivamente homossexuais. A população que reconhece
ter tido em alguma ocasião este tipo de relação ao longo de sua vida é de 3%,
3,7% entre os homens e 2,7% entre as mulheres.
No Canadá, pesquisas
feitas em 2003 com 121.000 adultos canadenses mostrou que somente 1,4% se
consideravam homossexuais.
O fato é que, de uma forma ou de outra, se o
número de assassinatos contra gays é de cerca de 200, os gays estão
subrepresentados quanto ao total de assassinatos, ou seja, os gays são menos
propensos a sofrer violência e assassinatos que o resto da população, ao
contrário do que a grande mídia propala.
Alguém poderia dizer: e a
agressão contra um homossexual ocorrida recentemente em São Paulo? Eu
responderia: Sim, é um caso deplorável, mas se a pessoa agrediu o homossexual, o
Código Penal já prevê punição para ela; o que não pode acontecer é o crime se
tornar maior pelo fato de o agredido ser homossexual, pois isso configuraria uma
discriminação contra todos os não-homossexuais.
Quantas pessoas morrem
por ano em filas de hospitais? Seriam menos de 200? E o número de mendigos
mortos queimados, principalmente no Nordeste? Seriam menos de 200 por ano?
Quantas pessoas inocentes morrem por dia na violência das grandes cidades?
Seriam menos de 200 por ano? Quantos policiais morrem vítimas da violência?
Quantas pessoas morrem por ano vítimas das drogas? Quantas pessoas morrem por
ano em acidentes de trânsito? Seriam menos de 200?
Logo, não faz sentido
nenhum as polícias e o Poder Judiciário desviarem a atenção dos 99,58% de
assassinados no Brasil (uma vez que a segurança pública brasileira é
insuficiente para atender as pessoas que mais precisam dela) para dar tratamento
especial a uma minoria de 0,42% que, aliás, está subrepresentada nas
estatísticas de assassinatos.
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