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Judeus tiveram papel fundamental na fundação dos Estados Unidos

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Judeus tiveram papel 

fundamental na fundação 

dos Estados Unidos


Bill Federer
Em 1492, Colombo foi enviado para descobrir uma rota marítima para a Índia e China. Ele foi enviado pelos monarcas espanhóis Fernando e Isabel, que haviam acabado de libertar a Espanha de 700 anos dos exércitos muçulmanos de ocupação.
Estátua de Robert Morris, à esquerda, George Washington, no centro, e do financista judeu Haym Solomon, à direita, em Chicago
A Espanha então forçou os judeus sefarditas a fugir.
Alguns judeus foram para o Império Otomano, e alguns foram para Portugal e então foram para Amsterdã. De Amsterdã, alguns judeus acompanharam, de navio, mercadores holandeses para a América do Sul, se estabelecendo na cidade de Recife. Em Recife, eles construíram a primeira sinagoga do continente americano, a Sinagoga Kahal Zur Israel.
Quando a Espanha e Portugal atacaram Recife, os judeus fugiram de novo.
Vinte três foram de navio para Port Royal, na Jamaica. Daí, no navio francês Sainte Catherine, eles chegaram em 1654 à Colônia Holandesa de Nova Amsterdã, se tornando os primeiros judeus da América do Norte.
O governador holandês Peter Stuyvesant tentou expulsá-los, mas eles tiveram permissão de ficar, pois a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais na Holanda considerava a Espanha e Portugal seus principais inimigos, não os judeus ou outros dissidentes.
Os holandeses estavam numa disputa mundial com a Espanha e Portugal para possuir a Indonésia, a Índia, a África e a América do Sul, de modo que eles queriam rapidamente povoar a colônia da Nova Holanda para defendê-la e fazê-la dar lucro.
Em 1663, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, embora estivesse estabelecendo oficialmente a fé reformada holandesa, instruiu Peter Stuyvesant com relação aos quacres “e outros membros de seitas”: “Precisamos favorecer a imigração… nesta fase inicial da existência do país. Portanto, você pode fechar seus olhos, pelo menos não forçando nada na consciência das pessoas, mas permitindo que todos tenham suas próprias crenças, enquanto se conduzirem de forma pacífica e de acordo com as leis, não afrontando seus vizinhos e não se opondo ao governo.”
Os judeus na Nova Amsterdã não tinham permissão de fazer reuniões religiosas fora de seus lares nem de se juntar ao exército municipal que protegia a cidade.
Então, em 1664, exércitos britânicos assumiram o controle da Nova Amsterdã, mudando seu nome para Nova Iorque, e os judeus ganharam mais liberdade.
Em 1730, os cidadãos judeus de Nova Iorque compraram terra e construíram a pequena “Sinagoga da Rua Mill,” a primeira sinagoga da América do Norte.
Durante a era colonial, a população dos Estados Unidos aumentou para 3 milhões, com uma população judaica de cerca de 2 mil em sete congregações sefarditas:
·         A congregação Shearith Israel, na cidade de Nova Iorque, começou em 1655;
·         A congregação Yeshuat Israel, em Newport, Rhode Island, começou em 1658;
·         A congregação Mickve Israel, em Savannah, Georgia, começou em 1733;
·         A congregação Mikveh Israel, na Filadélfia, começou em 1740;
·         A congregação Shaarai Shomayim, em Lancaster, Pensilvânia, começou em 1747;
·         A congregação Kahal Kadosh Beth Elohim, Charleston, na Carolina do Sul, começou em 1749;
·         E a congregação Kahal Kadosh Beth Shalom, Richmond, Virgínia, começou em 1789.
Desde o terceiro século, o ensinamento do Rabino Samuel da Babilônia, de que “a lei da terra é a lei,” resultou em que os judeus se refreavam de tentar mudar sua situação política. A Guerra Revolucionária Americana foi a primeira vez desde o exílio deles de Jerusalém que os judeus lutaram ao lado de vizinhos cristãos como iguais na luta pela liberdade.
Mercadores judeus, como Aaron Lopez de Newport e Isaac Moses da Filadélfia, manobravam seus navios através dos bloqueios britânicos para fornecer roupas, armas, pólvora e alimento para os necessitados soldados revolucionários. Alguns mercadores perderam tudo.
Um número estimado de 160 judeus lutaram no Exército Americano Continental durante a Guerra Revolucionária, tais como o tenente Solomon Bush e Francis Salvador da Carolina do Sul, o primeiro deputado estadual judeu, que foi morto numa batalha da Guerra Revolucionária; Mordecai Sheftall de Savannah era vice-diretor do serviço de intendência para as tropas americanas, em 1778; Abigail Minis supria provisões para os soldados americanos em 1779; e Reuben Etting de Baltimore lutou e foi nomeado delegado federal para Maryland pelo presidente Jefferson, em 1801.
O Dr. Philip Moses Russell, médico judeu de George Washington, sofreu com ele no Vale Forge.
O presidente Calvin Coolidge relatou em 3 de maio de 1925: “Haym Solomon, financista judeu polonês da Revolução. Nascido na Polônia, foi feito prisioneiro dos exércitos britânicos em Nova Iorque, e quando escapou estabeleceu seus negócios na Filadélfia. Ele negociou para Robert Morris todos os empréstimos levantados na França e Holanda, empenhou sua fé e fortuna pessoal em prol de quantias enormes, e pessoalmente adiantou grandes montantes para homens como James Madison, Thomas Jefferson, Baron Steuben, General St. Clair e muitos outros líderes patriotas que testificaram que sem a ajuda dele eles não teriam conseguido avançar a causa.”
Em 1975, um selo postal dos EUA honrou Haym Solomon, com a mensagem: “O empresário, financista, corretor e herói Haym Solomon foi responsável por levantar a maior parte do dinheiro necessário para financiar a Revolução Americana e mais tarde salvou a nova nação do colapso.”
George Washington enviou cartas para a Congregação Judaica de Newport, Rhode Island, e de Savannah, Georgia, declarando: “Que a mesma Deidade operadora de maravilhas, a qual muito tempo atrás livrou os hebreus de seus opressores egípcios, os plantou numa terra prometida, cuja intervenção providencial foi nos últimos tempos evidente na fundação dos Estados Unidos como nação independente, continue a regá-los com orvalhos do céu.”
Judeus asquenazes eram poucos nos EUA até que uma perseguição na Bavária na década de 1830 resultou na imigração de muitos milhares.
O presidente Martin Van Buren enviou uma carta aos turcos otomanos muçulmanos pedindo-lhes que parassem de matar os judeus na Síria. Foi uma carta “em prol de uma raça oprimida e perseguida, que tem parentes que são alguns dos cidadãos americanos mais dignos e patriotas.”
David Yulee, “Pai das Ferrovias da Flórida,” foi o primeiro judeu eleito ao Senado dos EUA em 1845. Ele foi acompanhado em 1853 pelo senador Judah P. Benjamin da Louisiana.
O governador David Emanuel da Georgia foi o primeiro governador judeu de um estado dos EUA.
Em 1818, Solomon Jacobs foi prefeito de Richmond, Virginia.
Uriah P. Levy foi o primeiro comodoro judeu da Marinha dos EUA, lutando na Guerra de 1812 e comandando a esquadra do Mediterrâneo. Ele foi responsável por acabar com a prática de punição de chicote na Marinha. Uma capela em Annapolis e um destroier da 2ª Guerra Mundial ganharam o nome dele.
Quando a casa Monticello do presidente Jefferson estava caindo em ruínas, Levy a comprou em 1836, consertou-a e a abriu ao público. Ele comissionou a construção da estátua de Jefferson que está na rotunda do Capitólio dos EUA.
Samuel Mayer Isaacs, editor do jornal Jewish Messenger (Mensageiro Judaico), escreveu acerca dos Estados Unidos em 28 de dezembro de 1860: “Esta república foi a primeira a reconhecer nossas reivindicações de igualdade, com homens de quaisquer denominações religiosas. Aqui podemos nos sentar cada um debaixo de sua videira e figueira, sem ninguém para nos amedrontar.”
Em 1862, o jornal London Jewish Chronicle (Crônica Judaica de Londres) noticiou: “Agora temos algumas palavras dos judeus dos Estados Unidos em geral… Tendo a Constituição estabelecido perfeita liberdade religiosa, os judeus eram livres nos EUA… Eles… num tempo comparativamente curto, prosperaram e tiveram sucesso ali num grau que nunca aconteceu na Europa.”
Na época da Guerra Civil, a população dos Estados Unidos era 31 milhões, inclusive em torno de 150 mil judeus. Um número estimado de 7 mil judeus lutou no exército da União e 3 mil lutou no exército confederado, com cerca de 600 soldados judeus morrendo em batalha.
Os generais judeus da União eram: Leopold Blumenberg; Frederick Knefler; Edward S. Salomon e Frederick C. Salomon.
Os oficiais confederados judeus incluíam: Judah P. Benjamin, ministro da Guerra; coronel Abraham Charles Myers, general intendente; e o Dr. David Camden DeLeon, ministro da Saúde. O Dr. Simon Baruch, que era cirurgião, serviu na equipe pessoal do general Robert E. Lee.
O major Raphael J. Moses era o Oficial Comissário da Georgia e depois da guerra começou uma indústria de pêssegos na Georgia.
Enquanto que o primeiro capelão católico do Exército dos EUA foi nomeado durante a Guerra entre EUA e México, o primeiro capelão judeu foi nomeado durante a Guerra Civil, o Rev. Jacob Frankel, da Congregação Rodeph Shalom da Filadélfia.
Em 1 de março de 1881, o czar Alexandre II da Rússia foi assassinado e um pogrom começou contra os judeus, fazendo com que mais de 2 milhões fugissem para os EUA.
Em 1916, a população dos Estados Unidos era 100 milhões, dos quais 3 milhões eram judeus.
Durante a 1ª Guerra Mundial, o presidente Woodrow Wilson escreveu: “Enquanto que em países em guerra há 9 milhões de judeus, a maioria dos quais estão destituídos de comida, abrigo e roupas; expulsos de suas casas sem aviso… provocando fome, doença e sofrimento imensurável… o povo dos Estados Unidos ficou sabendo, com tristeza, dessa horrível situação… Proclamo 27 de janeiro de 1916 como dia para fazer contribuições, mediante a Cruz Vermelha Americana, para a assistência dos judeus assolados.”
Traduzido por Julio Severo do artigo do WorldNetDaily: Jews prove critical to founding of America
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