Jesus is Lord and Savior will return ...
ALCILENE PIMENTEL
Dons Espirituais para o crente. "Mas a
manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil"( 1Co 12.7).
1- Dom da Palavra da Sabedoria ( 1 Co 12.8).
Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação
sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de
Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (
At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para viver diário,
que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na Sua Palavra,
e pela oração (Tg 1.5,6).
2- Dom da Palavra do conhecimento ( 1 Co 12.8). Trata-se de uma
mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a
respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente,
este dom tem estreito relacionamento com o de profecia ( At 5.1-10; 1 Co
14.24,25).
3- Dom da fé (1 Co 12.9). Não se trata da fé para a salvação, mas de
uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente
a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé
que remove montanhas ( 1 Co 13.2) e que frequentemente opera em conjunto com
outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20,
nota sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
4- Dom de curas ( 1Co 12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a
restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais ( Mt 4.23-25;
10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural ("dons") indica curas de diferentes
enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os
dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo ( cf.
12. 11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os
enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico
de Tg 5.14-16 ( ver Tg 5.15 notas).
5- Dom de Operação de Milagres (1 Co 12.10). Trata-se de atos
sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos
em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (
ver Jo 6.2 nota).
6- Dom de Profecia (1 Co
12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação
momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado
em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns
crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação
do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio
dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o
seguinte: (a)- Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma
palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (
14.24,25,29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
(b)- Tanto no AT, como no NT, profetizar não primariamente predizer o futuro,
mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à
fidelidade e a à paciência. (c)- A mensagem profética pode desmascarar a
condição do coração de uma pessoa ( 14.25), ou prover edificação, exortação,
consolo, advertência e julgamento (14.3,25,26,31). (d)- A igreja não deve ter
como infalível toda profecia deste tipo, porque muito falsos profetas estarão
na igreja ( 1 Jo 4.1). Dai, toda profecia deve ser transmitida por alguém que
de fato vive submisso e obediente a Cristo ( 12.3). (e)- O dom de profecia
manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só
texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através
dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava
o profeta para isso (12.11).
7- Dom do Discernimento de espíritos (1 Co 12.10). Trata-se de uma
dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar
corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo
ou não ( ver 14.29 nota; 1 Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres
( ver Mt 24.5 nota) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (
ver 1 Tm 4.1 nota), e esse dom espiritual será extremamente importante para a
igreja.
8- Dom de Variedades de Línguas
( 1Co 12.10). No tocante às " línguas" como manifestação sobrenatural
do Espírito, notemos os seguintes: (a)- Essas línguas podem ser humanas e vivas
( At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra. A língua falada através deste
dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala
(14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b)- O falar noutras línguas como dom
abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua
comunhão, faculta ao crente a comunicação direta de Deus, na oração, no louvor,
no bendizer e na ação de graças, expressando-se através do espírito mais do que
a mente ( 14.2,14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência
direta do Espírito Santo, à parte da seguidas de sua interpretação, também pelo
Espírito, para que a ( 14.2,14) e orando por si mesmo ou pelo próximo
sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da seguidas de sua
interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo
e o significado da mensagem (14.3,27,28). Ela pode conter revelação,
advertência, profecia ou ensino para a igreja ( cf. 14.6). (d)- Deve haver
ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em
línguas pelo Espírito, nunca fica "êxtase" ou "fora de
controle"( 14.27,28).
9- Dom de Interpretação de
Línguas (1 Co 12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo,
para o portador desde dom compreender e transmitir o significado de uma
mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida pode
conter ensino sobre a adoração e oração, ou pode ser uma profecia. Toda a
congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A
interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da
congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem ( 14.6,13,26). A
interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra
pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las ( vv. 14.13).
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