C.S. Lewis em seu
livro “O grande abismo” discorreu com maestria sobre o Inferno, lugar
provisório onde ficam as almas perdidas. É comum se juntar o Inferno e o Lago
de Fogo como sendo o mesmo lugar, mas na verdade os dois lugares são distintos,
o inferno é o lugar da alma-espírito morto (separado do corpo) ficar
provisoriamente até o juízo final, se assemelhando muito com a cadeia, enquanto
o Lago de Fogo é o lugar definitivo do castigo eterno onde os condenados após o
juízo final serão enviados, muito semelhante a penitenciária do nosso sistema
judiciário. A diferença básica do inferno para o Lago de Fogo é que naquele
apenas as almas (mentes, vontades e emoções) dos infiéis são perturbadas,
enquanto que no Lago de Fogo o tormento é tanto para a alma como para o corpo,
que após o juízo receberá o galardão da injustiça (2Pe 2.13; Rm 2.6), tomando
os “açoites” conforme as más obras (Lc 12.48; Mt 16.28).
O tormento do Lago
de Fogo, ao contrário do Inferno, que tem seu tormento numa condição mais
semelhante aos nossos pesadelos (por isso que muitos agora no inferno ainda não
estão convencidos do estado de perdição, Jd), abrangerá todos os sentidos
físicos: Visão (todos ali estarão sem nada enxergar, entregue as trevas
exteriores); Audição (ouvindo os gritos de lamento dos condenados com seus
ranger os dentes de dor); Olfato (cheirando o enxofre e fedor dos corpos em
putrefação cheios de bichos nas eternas chamas); Tato (sentindo o ardor eterno
das labaredas infernais) e o paladar (suprido da água e dos alimentos,
numa desesperada sede e fome).
O condenado do Lago
de Fogo é desprovido de tudo ligado a Deus: cores, beleza, brilho...todas as
coisas belas e sábias criadas por Deus lhe serão negadas. O condenado as
eternas terríveis águas de fogo daquele Lago parado é vazio de tudo que tivera
na vida terrena. Restará apenas a consciência das perdas atiçadas ou
estimuladas em seu corpo de ressurreição de morte oriundo da semente da vida
desprovida da fé em Jesus Cristo.
Em minhas reflexões
do estado final dos perdidos no Lago de Fogo cheguei a conclusão que a condição
dos condenados é tão ignóbil, tão nojenta e desprezível que qualquer mosca
doméstica ou barata dessa vida tem mais dignidade e valor que aqueles
eternamente desprezados. Só não são mais desprezíveis porque infelizmente
EXISTEM. Existem apenas para glorificar a Deus em sua justiça e eternidade,
pois se tivessem sido condenados a simplesmente serem aniquilados na
inexistência Deus não seria tão glorioso e infinito. Mas Deus é assim e por
isso o castigo é no sentido inverso glorioso e infinito.
Sim, o Lago de Fogo
tem a função de glorificar a Deus, ele mostra o quanto o pecado contra Deus é
grave, o quanto o sacrifício de Jesus foi sublime e indizível. Uma teologia sem
Inferno e Lago de Fogo de eterno castigo é uma teologia dos falsos deuses, de
um deus insignificante, sem majestade e eternidade. O deus das testemunhas de
Jeová, dos adventistas do sétimo dia e dos espíritas, que não creem no castigo
eterno dos infiéis é um deus de quinta categoria, que não merece ser temido e
que toda a blasfêmia e insulto é menos que mexer com um reles cachorro bravo
com uma vara longa. Como disse o Hulk no filme “Os vingadores”, quando surrou o
alegado deus Loki: é um deus fraco!
Postado por Luiz Sousa
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