Luciano Rogerio de Souza
MANUSEAR
BEM
A PALAVRA
PARANAÍBA - MS
2012
SOUZA, Luciano Rogerio de Manusear bem a Palavra vol. 1 55 p.
145x210 mm. 1.Religião 2.
Cristianismo. Artigos I Titulo CDD 230.09
Teologia Cristã CDD 200.2
- Religião CDD 248.86
- Cristianismo
Introdução
Há assuntos e temas que
são poucos comentados ou pregados. Às vezes por falta de domínio ou omitidos
por interesses próprios. E são estes que estão em foco no presente livro.
Há estudos que não são bem
vindos em várias igrejas. Pois vão de encontro a uma tradição denominacional
que não tem respaldo bíblico. Batem de frente com interesses pessoais. Assuntos
que se tornam uma ameaça aos “impérios
religiosos”.
Nestas paginas, você
encontrará diversos temas exposto de acordo com Bíblia como agiotagem, honra,
dízimos, divisão, etc. O presente (livro) é apenas uma porta para futuras
pesquisas que irá fornecer insumos para aumentar o seu conhecimento. Espero que
desperte em todos, dúvidas, críticas, que se desenvolvam em outras leituras
sobre os temas.
Desejo a todos uma boa
leitura!!!
Sumario
Por que o profeta
Habacuque disse que Deus viria de Temã?, 6
Por que os Nicolaítas
Aborreciam Jesus?, 8
Por que os publicanos
eram extremantes odiados?, 9
Quem são os Mártires de
Apocalipse?, 11
O Que é a Doutrina de
Balaão?, 13
O Que Significa o “Trono
de Satanás”?, 15
O
Que Significa o vosso sim, sim e o vosso não, não?, 16
O
Que significa: a quem honra, honra?, 17
O
Que significa nem os pecadores subsistirão na congregação dos justos?, 19
Por
que Israel não ofertava e dizimava nos dias de Malaquias?, 21
Deus
ouve oração contrária?, 24
O
Que Significa: os Dons de Deus são Irrevogáveis?, 27
Agiotagem
tem a aprovação de Deus?, 29
O Que é a Fé?, 32
O Que é o Leviatã?,34
Deus está ou não esta em
Divisões?, 36
A Salvação depende da Fé
ou do Conhecimento da Palavra?, 41
Por
que a Morte de Jesus Escandalizou os Judeus?, 45
Quem
são Gogue e Magogue do Apocalipse?48
Quem
administrava os dízimos no Antigo Testamento?, 49
Por que o profeta Habacuque disse que Deus
viria de Temã?
O versículo três do
capítulo três de Habacuque, tem provocado (e ainda provoca) curiosidade e
dúvidas no coração de muitos leitores da Bíblia. A falta de explicação desta
expressão no próprio trecho bíblico contribui ainda mais na intensificação das
incógnitas para com o verso em apreço. Os leitores do livro Sagrado começam uma
verdadeira mineração em busca de respostas! Compreendo muito bem que dúvidas
sem resposta e algo desesperador e frustrante.
O versículo aqui em
estima, pertence à oração do profeta em forma de canto. Habacuque usa a famosa
linguagem poética. Por isso, quando o
profeta falou que Deus viria de Temã, estava falando da grande região do Sinai.
Lugar onde Moises e os hebreus receberam a Lei de Deus e avistaram sua presença
visível sobre o monte Sinai que leva o nome da região. Este monte foi (é) o
berço da fé dos israelitas.
Habacuque revelou-se que estava
sintonizado com os escritos mosaicos, que afirmou em Deuteronômio capítulo
trinta e três, verso três, que o Senhor veio do Sinai e resplandeceu desde o
monte de Parã. Portanto Temã significa o mesmo que Edom e Parã representa o
oeste de Edom.
A expressão (Hb. 3.3) traz
consigo ainda outra verdade. A que Deus não tem lugar santo, para se
manifestar. Ele pode vir e manifestar de qualquer localidade (onipresença).
Talvez o próprio profeta, ainda não entendesse este conceito. O texto ensina que o Senhor poderia e pode
vir de qualquer lado para socorrer e ajudar o seu povo. Pois o profeta vivia
inconformado com a situação, de Deus usar como instrumento de punição, uma
nação mais injusta e pagã (Assíria ou Babilônia), para corrigir os israelitas.
No entanto, ele acreditava que o Todo Poderoso poderia vir de qualquer parte
para destruir o opressor de seu povo.
Por que os Nicolaítas Aborrecia Jesus?
Segundo
pesquisadores, nicolaítas era uma seita gnóstica. O gnosticismo na época do
apóstolo João, adentrou fortemente na Igreja Primitiva, contaminando até mesmo
obreiros importantes.
Acredita-se que os
nicolaítas, fossem seguidores do diácono Nicolau de At. 6.5, que se apostatou e
começara a praticar a doutrina gnóstica. Outros pensam que nicolaítas,
refere-se à questão etimológica da palavra Nicolau, que significa “vencedores
do povo”. Mas estas controvérsias sobre a palavra não tem relevância. O que se
deve saber e atentar são para com a prática (obra e ensino) dos nicolaítas.
Essa seita ensinava que os
cristãos, eram livres para cometer qualquer tipo de pecado, ou seja, que os
desejos da carne não deveriam ser regrados e freados. Eles afirmavam que o
corpo era mal e precisava ser destruído por meio da prática do pecar, para que
a alma, que é boa, libertasse do corpo pecaminoso.
Por que os publicanos eram extremantes
odiados?
Os publicanos, da
Palestina do primeiro século, eram extremamente desprezados, pelo oficio que
realizavam e a corrupção que cometia. Cobradores de impostos para Império
Romano eram considerados traidores e apóstatas pelos demais judeus.
A estratégia romana de
administração era usar judeus para cobrar taxa de judeus. Com isso não tinha um
conflito direto para com os vassalos de suas províncias. Há dois tipos de
hipótese para prática dos publicanos:
1ª – Acredita-se que os judeus eram
obrigados a cobrar os tributos sob ameaça de punição. Os romanos elegiam alguém
para exigir os impostos. O elegido não deveria recusar, e ainda receberia certa
porcentagem das cobranças.
2ª – Outro conceito encontrado em
livros específicos relata que, a função e o direito da cobrança dos impostos
eram concedidos pelo império, a quem pagasse mais para exerce tal ofício. Que
geralmente, segunda essa corrente era adquirida por comerciantes.
Eles viviam sob acusações
ferrenhas de desonestidade e enriquecimento, à custa dos próprios patrícios.
Biblicamente falando a prática realizada por judeus era realizada por meio do
constrangimento (forçadamente).
A Bíblia registra a
conversão de dois publicanos: Mateus e Zaqueu. Por serem judeus eram odiados!
Mateus para ser aceito no grupo dos discípulos e em especialmente por Pedro.
Foi preciso Jesus ilustrar sobre o arrependimento do filho pródigo (Mateus)
numa parábola (Lc. 15. 11-32). Mas para o filho mais velho (Pedro) era
inaceitável aquela situação.
Quem são os Mártires de Apocalipse? (Ap. 17.6)
Há dois conceitos sobre a
palavra mártir. Um etimológico e outro teológico. Etimologicamente o termo vem
do grego (µαρτυς), que significa simplesmente testemunha. Já o conceito
teológico, tem o sentido de pessoas que morreram, mas não negaram a fé em
Cristo Jesus. Ou seja, nem as ameaças de morte conseguiu destruir a certeza que
elas tinham na pessoa de Jesus como Salvador.
Portanto, no versículo em
apreço, mártires significa crentes que morreram e não negaram a fé em Cristo,
ao longo da peregrinação da igreja na terra e, também de pessoas que optaram
morrer com Cristo não negando-o na Grande tribulação. Aqui em Apocalipse o
termo representa dois grupos de salvos: os que se salvaram durante a
dispensação da igreja e o grupo que se salvou na Grande Tribulação.
Estas testemunhas pagam
com a vida diariamente. Enquanto aqui no Brasil temos liberdade em servir a
Cristo o Salvador. Em outros lugares nossos irmãos, passam por uma prova
terrível: viver ou morrer, ser fiel a Jesus ou nega-lo.
O Que é a Doutrina de Balaão?
(Ap. 2.14)
De acordo com os eruditos,
a doutrina de balaão não era diferente da dos nicolaítas, exceto num coisa. O
conteúdo e a prática são idênticas. Enquanto os nicolaítas praticavam
infidelidade contra a moral e a santidade, com intuito de gozar a vida eterna.
Os balaamitas faziam as mesmas coisas, com o propósito de cultuar um
deus/deusa, tendo relações sexuais com os sacerdotes ou sacerdotisas. Portanto
a única distinção entre os dois grupos era a idolatria, que os seguidores de
balaão cometiam.
Esse grupo recebeu esta
denominação (seguidores de balaão) do próprio Senhor Jesus, por assemelhar com
o profeta que viveu nos dias de Moisés (Nm. 25. 1-5; 31. 15,16). Profeta que
foi contratado pelo rei Balaque de Moabe, para induzir os israelitas ao pecado
de idolatria, pela sedução de jovens lindas, para persuadirem a participar de
cultos, onde aconteciam orgias e todo tipo de imoralidade, executada aos
deuses/deusas daquele povo. Assim estava sucedendo na igreja de Pergamo. Alguns
irmãos e obreiros diziam que os crentes podiam participar de toda sorte de
paganismo.
Ninguém
tem o seu futuro escrito. Então comece escreve-lo com Jesus Cristo, que é o
autor e consumador de nossa fé... Assim o seu futuro será abençoado...
O Que Significa o Trono de Satanás ?
(Ap. 2.13)
Ao lado da cidade de
Pergamo, existia uma colina com aproximadamente 300 metros de altura. Neste
lugar havia vários santuários dedicados aos deuses dos gregos e romanos. O
monte estava entregue totalmente a idolatria. A deusa Athena era adorada ali,
num templo muito suntuoso. Esculápio, deus da Medicina, cujo símbolo era uma
serpente, também recebia cultos naquele lugar. E por fim, havia o grande altar
dedicado a Zeus, o deus maior do panteão dos gregos. A expressão trono de satanás, proferida por
Jesus, referia a esse altar e ao culto destinado para tal divindade (Zeus) e ao
imperador.
O Que Significa o vosso sim, sim e o
vosso não, não (Mt. 5. 37)?
Jesus estava ensinando
sobre a duplicidade. A duplicidade é sinônima de falsidade. Ele enfatizou sobre
a necessidade de falar a verdade em toda ocasião. Portanto, não há um meio
termo entre sim e o não. A pessoa está do lado do sim ou do lado do não.
Qualquer ponto entre o sim e o não, trata-se de falsidade e a falsidade é
procedência maligna.
O Que significa: a quem honra, honra?
(Rm. 13.7)
Há um conceito errôneo
desta afirmativa. Que se tornou um dogma em nosso meio que, precisa ser
desmitificado.
O apóstolo Paulo estava ensinando que
os crentes deveriam obedecer às autoridades romanas. Este ensino está
fundamentado em Jesus que disse – Dai a César que é de César. A honra que
devemos prestar as autoridades seculares é passageira, enquanto a de Deus é
eterna.
Mas existe uma distorção.
Alguns acreditam que aqui, também estão incluídos os obreiros de Deus. E pior
esta honra aplicada aos pastores e obreiros é discriminatória. Por exemplo:
Numa festividade ou congresso, os pastores recebem uma comida diferente daquela
servida aos membros. Usando este versículo para embasa a prática. Dizendo - Os
pastores merecem honra!
Na igreja somos todos
iguais, tanto os obreiros como os membros são iguais diante do Senhor. Pelo
contrário, os obreiros são servos dos servos. Literalmente eles estão abaixo
dos membros. Pois foram escolhidos por Deus para servir a igreja.
Portanto, o costume de servir os
melhores refrigerantes para pastores e obreiros, e os inferiores para os
membros, não tem aprovação de Deus. Mas como nos dias de Jesus, existiam várias
tradições, que na verdade estavam divorciados dos mandamentos de Deus. Hoje
também, existi práticas e costumes realizados, que são contrários a
Bíblia.
O Que significa nem os pecadores
subsistirão na congregação dos justos?
(Sl. 1.5)
Esse versículo tem gerado
muita polemica no âmbito teológico. Faz-se necessário entender duas coisas
importantes aqui. Que são os justos? Que congregação é esta? Certa vez, Jesus
orientou aos discípulos, para não retirar o joio, porque o trigo poderia ser
retirado junto (Mt. 13. 24-30).
Aparentemente, temos uma
contradição bíblica! Mas não foi Deus que a inspirou? Poderia Deus ter errado?
É evidente que não!
Retomando as duas
perguntas levantadas no começo desse texto. Os justos deste verso são aqueles
que alcançaram a salvação das almas. Composto de santos do antigo e novo
testamento. Embora o salmista não entendesse muito bem isto.
A segunda pergunta é sobre
a congregação e seu significado. A palavra congregação aqui, tem o sentido de
vida eterna, de morada celestial. Ainda que estes conceitos fossem complexos
para o salmista. Para ele (salmista), essa congregação era a nação israelita.
Mas na verdade era algo mais profundo, insondável para o mesmo entender.
Por que Israel não ofertava e dizimava
nos dias de Malaquias?
Quem nunca ouviu uma
pregação ou discurso sobre Ml. 3. 9,10? Todas as semanas este discurso está
presente nos nossos púlpitos. O problema é que às vezes estes discursos estão
deturpados, alterados e viciados. Os seus emissores não realiza a
contextualização do texto. Não explica o que realmente acontecia naquela época.
O comportamento do povo é
simplesmente o reflexo dos líderes. Que se tornara até um provérbio: “Tal
líder, tal povo”. Costume que já foi provado cientificamente.
Nos dias do profeta Malaquias, não era
diferente. Uma liderança não é neutra! Os israelitas desviaram dos estatutos do
Senhor, por quê? Porque o desvio começou
na própria liderança/governantes e posteriormente alcançou o povo. Meditemos neste
trecho bíblico:
AGORA, ó sacerdotes, este mandamento é
para vós. Se não ouvirdes e se não
propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos,
enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já
as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração. Eis que reprovarei
a vossa semente, e espalharei esterco sobre os vossos rostos, o esterco das
vossas festas solenes; e para junto deste sereis levados. Então sabereis que eu vos enviei este mandamento,
para que a minha aliança fosse com Levi, diz o SENHOR dos Exércitos
(Malaquias 2. 1 - 4).
O grande evangelista
Dwight Moody, afirmou que o maior problema da Obra de Deus, são os obreiros. Os
sacerdotes (obreiros) de então relaxaram na instrução/formação do povo. Também
estavam tocando naquilo que era exclusivamente de Deus. Eles aceitavam ofertas
para os sacrifícios de animais defeituosos. Por que aceitava isto? Porque estes
animais seria aqueles, que eles (sacerdotes) ofereceriam ao Senhor. Os animais
sem defeitos usariam na própria alimentação.
E hoje como andas as
coisas? Será que o desperdiço, o luxo, o desvio, a extravagância, a ostentação,
o comportamento dos pastores, não está desanimando, desestimulando os cristãos
a contribuir? É algo a se pensar...
Deus ouve oração contrária?
Várias pessoas, que
professam ser evangélicas, acreditam que há uma oração contrária (praticada por
crentes e não crentes) e que a mesma é poderosa. Por que acreditam nisto?
Porque inúmeros obreiros mencionam tal prática destas orações em pregações ou
quando estão orando. Somente um obreiro que não maneja bem a Palavra de Deus,
defende tal pensamento, oriundo da religião africana. Agora vamos ver, se esta
ideologia vai resistir a uma analogia bíblica. Observe esse trecho da Bíblia:
Pois contra Jacó não vale
encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de
Israel: Que coisas Deus tem realizado!
(Números capitulo 23, versículo 23)
Essa foi à resposta de
Balaão a Balaque. Contra o povo de Deus não há mandiga ou superstições. Quando
mais o rei de Moabe pedia para Balaão amaldiçoar, mais Deus abençoava Israel.
As pessoas pensam que o
Deus de Israel (e da Igreja) é um orixá. Que é mandado pelo ser humano. Segunda
a cultura afro-brasileira, os orixás (deuses) não são bons e nem ruins. Eles
simplesmente atendem os desejos humanos. Se uma pessoa chega até a eles,
pedindo para fazer o bem, eles fazem. Ou se outra pessoa pede a eles, para
executarem o mal, assim sucede. São orientados e manipulados pelas vontades
humanas. O Senhor dos Exércitos não é assim! Ele manda (soberano) e jamais é
mandando! O Todo Poderoso não ouve orações que querem o mal do outro (próximo).
Veja este outro texto:
Nenhum mal te sucederá, nem praga
alguma chegará à tua tenda.
(Salmo 91, versículo 10)
A palavra “praga” aqui
significa bruxaria, feitiçaria, mandinga, mal olhado, olho gordo, superstições,
etc. Já a palavra “tenda”, tem o sentindo de casa, família e vida.
Portanto nenhuma espécie
de mal pode adentrar a casa ou vida do crente fiel. Agora, para o crente infiel,
estes males podem influenciar a sua vida. Vamos desmitificar esta coisa que
praga pode atingir o cristão fiel!
O Que Significa: os Dons de Deus são
Irrevogáveis?
(Rm. 11.29)
Porque os dons e a vocação de Deus são
irrevogáveis.
(Romanos capítulo 11, verso 29)
As pessoas têm uma
concepção errônea deste versículo, não só dele, mas de todo o capítulo. Muitos
pensam que aqui, se trata dos dons espirituais. Que quando Deus concede um dom
espiritual a alguém, ele é irrevogável, ou seja, nunca mais a pessoa irá
perdê-lo. Não se trata disto!
Primeira coisa a ser
observada e que todo a capítulo onze, está direcionado a Israel, não só ele,
mas também os capítulos nove e dez. O apóstolo Paulo abre uma espécie de
parêntese (do capítulo 9 ao 11), para abordar as promessas proferidas aos
patriarcas e seus descendentes. Apesar da infidelidade e incredulidade dos
israelitas, os dons (promessas) prometidos aos patriarcas eram irrevogáveis
(definitivas; sem arrependimento). Que todas as promessas se cumpriram (e
cumprirão) em Jesus. Deste modo, Deus não estava falando a Igreja! E os dons se
tratavam das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó.
Agiotagem tem a aprovação de Deus?
Há assuntos e temas, que
são esquecidos, ignorados pelo grande público (estou falando a partir do meu
contexto). São estes os meus prediletos,
os que mais me atraem. Estava esquecendo, as palavras bíblicas para agiotagem
são juros e usura. Historicamente, os judeus são considerados fundadores dos
primeiros bancos. Os quais emprestavam dinheiro a juros (usura).
O tema da agiotagem/usura
perturba, incomoda muita gente. Até porque alguns obreiros e crentes realizam
tal prática! Mas, o que a Bíblia diz sobre isto? Observe o texto a seguir:
Quem empresta seu dinheiro aos
necessitados sem cobrar juros; quem sem recusa a aceitar suborno contra umas
pessoas inocente. Um homem assim permanecerá firme para sempre na presença de
Deus.
(Salmo 15, verso 5 – Nova Bíblia Viva)
Este
outro texto é bastante importante, fala sobre o empobrecer de alguém que está
próximo de nós:
Se o seu irmão empobrecer e não puder
sustentar-se, você é responsável pelo sustento dele (...).
(Levítico capítulo 25, verso 35 – Nova
Bíblia Viva)
Não há coisa mais
desprezível para um ser humano (especialmente para um cristão), do que
aproveitar do necessitado para ganhar um dinheirinho (jurinhos). É revoltante
essa situação! E pensar que muitos vivem disto, inclusive cristão, aqueles que
se esperam expressar o amor de Jesus Cristo. A Bíblia tem outro texto curioso
sobre a agiotagem (usura):
Quem se tornar rico explorando os
pobres e cobrando juros muitos altos está ajuntando fortuna para o homem
generoso que ajuda os pobres.
(Provérbios capítulo 28, verso 8 –
Nova Bíblia Viva)
O verso diz que, a
qualquer momento Deus pode puni-lo. Transferindo sua riqueza, seus bens, a
outra pessoa que seja generosa para com os necessitados, ou seja, num simples
ato, o praticante de agiotagem (usura) pode se torna um necessitado (pobre).
O Que é a Fé?
No princípio (Gênesis) o homem não precisava
de fé para nada! Os seres humanos (Adão e Eva) tinham um relacionamento direto
com Deus. Após a Queda (pecado de desobediência para com as regras de Deus no
jardim do Éden), o homem perdeu esse privilégio. Contudo, o Senhor criou um
dispositivo para restaurar o relacionamento entre Ele e os seres humanos: a fé.
Portanto a fé faz a religação (ligação perdida no Jardim do Éden) entre o mundo
físico e o espiritual.
Mas
então o que é a fé? Certo erudito em grego neotestamentário fez a seguinte
elucidação – Imagina você no alto de uma árvore bem grande? Lá em cima nos
últimos galhos, agarrado preste a cair! Para complicar, começa a ventar forte.
Você desprende toda sua energia agarrando ao galho para não cair no solo. Isto
seria uma pequena definição do termo grego pistis (πιστις) que é intraduzível
para o português – Achei essa conceituação fantástica.
Somente Jesus Cristo pode concede a fé
que produz a salvação, pois ele conquistou isso lá calvário - Olhando
para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do
trono de Deus (Hebreus capitulo 12, verso 2).
O Que é o Leviatã?
Fizeste em pedaços as cabeças do
leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.
(Salmo 74, verso 14).
O mundo antigo, a
sociedade antiga, fora construída sob mitologias. Havia um grande temor para com
os animais cruéis, violentos e grandiosos. Essas crenças já pertencem à famosa
mitologia morta.
Na mitologia Cananeia (e
outras mais), existia a figura do leviatã. Tratava-se de um dragão de sete
cabeças, que era violento e indomável ( e Deus se apresentava com o dominador
desta fera). O habitat desta fera eram os mares! Às vezes a palavra hebraica
“lotan” é traduzida de forma errada nas nossas versões portuguesas.
Erroneamente se traduziu como crocodilo. Mas esse conceito não é verdadeiro.
No Salmo 74 é descrito que
o Senhor despedaçará as cabeças deste dragão. Fazendo uma alusão escatológica a
derrota do diabo (o dragão) no fim dos tempos. Quando o grande acusador da
igreja caiará de uma vez por toda ao solo vencido, para o todo sempre.
Deus está ou não esta em Divisões?
Sempre ouvimos que Deus
não está ou que não apoia as divisões. Será que é verdade? Analisemos isto com
um pouco mais de cuidado. As pessoas tem um conceito negativo da divisão. Por
isso aprofundemos na questão.
O texto a seguir é importante para se
compreender melhor o assunto e se despir das tradições e discursos viciados:
19
Assim se rebelaram os israelitas contra a casa de Davi, até ao dia de
hoje. 20 E sucedeu que, ouvindo todo o
Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o chamaram para a congregação, e
o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém seguiu a casa de Davi senão
somente a tribo de Judá. 21 Vindo, pois,
Roboão a Jerusalém, reuniu toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e
oitenta mil escolhidos, destros para a guerra, para pelejar contra a casa de
Israel, para restituir o reino a Roboão, filho de Salomão. 22 Porém veio a palavra de Deus a Semaías, homem
de Deus, dizendo: 23 Fala a Roboão,
filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao
restante do povo, dizendo: 24 Assim diz
o SENHOR: Não subireis nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de
Israel; volte cada um para a sua casa, porque eu é que fiz esta obra. E ouviram
a palavra do SENHOR, e voltaram segundo a palavra do SENHOR (1 Rs. 12. 19-24).
Quando
Roboão, filho de Salomão, tomou conhecimento do alvoroço no meio do povo, que
queria se dividir em duas nações. Quem sabe, ele formado pelo tal discurso “que
nenhuma divisão vem Deus”, pensava: “isto não é de Deus”. Mas foi surpreendido
pela a voz do Senhor: “porque eu é que fiz esta obra”. Ou seja, Deus falou que
estava no meio daquela separação (divisão).
Na igreja de Coríntio
também existia uma divisão:
Porque antes de tudo ouço que, quando
vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até
importa que haja entre vós divisões, para que os que são sinceros se manifestem
entre vós (1
Co. 11. 18,19).
Veja bem, que aquela
divisão, ajudou a separar o joio do trigo, o sincero do falso, o fiel do
infiel, o santo do profano. Era algo necessário para aquela igreja naquele
momento.
Incomodado com uma igreja,
cujos lideres demonstrava mais cultura secular do que a própria fé. Lutero se
sentiu responsabilizado em iniciar a famosa Reforma Protestante. Que provocara
no Cristianismo a primeira cisão: entre católicos e protestantes. Só para nós
reportamos, o que Lutero defendia, citaremos somente duas questões: o direito
do povo (leigo) ler a Bíblia. E afirmação que a salvação é obtida somente por
meio da fé (questão que não era aceita pelo papa, bispos, padre, etc.). Não
precisando depositar dinheiro nos cofres de Roma para ser salvo. Não podemos
nega, que tudo isto veio do Senhor. Que essas verdades que gerou a divisão,
nasceu no coração de Deus.
Após 200 da Reforma
Protestante, foi necessária outra divisão na Igreja do Senhor. Decepcionado com
uma igreja indiferente, que não se preocupava com a imoralidade dos membros e
do povo, a qual só oferecia a Jesus Cristo, um culto pragmático e intelectual
(de influência calvinista). John Wesley começara a reverter aquele quadro. A
igreja do seu tempo em especial na Inglaterra, se fechou, trancafiou entre
quatro paredes. Wesley iniciou um verdadeiro avivamento embasado na
evangelização (influência arminiana). Ele saia para prega nas ruas, aldeias,
vilas e nos campos. Difundindo as Boas Novas do reino de Deus, para mendigos,
viciados, prostitutas e criminosos. Pessoas que para maioria não era digna do
perdão de Deus (pensamento de influência calvinista).
Nós os pentecostais, somos
outro exemplo clássico de divisão. Uma divergência que teve o apoio direto do
Senhor Jesus Cristo. A crença na operação e manifestação do Espirito Santo, que
não era aceita pelos batistas. Isto levou-nos a seguir o nosso próprio caminho
para viver a nossa fé. Os pentecostais modernos (século 20) foram expulsos das
suas comunidades e igreja que pertenciam. Atualmente é o seguimento do
Cristianismo que mais cresce.
Acredito que o seu
conceito de que Deus não está em divisões, ficou abalado. Mas é verdade, este
discurso que Deus não está em divisões, não tem fundamento. Pelo contrário,
temos inúmeros exemplos que prova que esse discurso é mentiroso. O Senhor
sempre esteve e sempre estará em divisões que levará a qualificar (santificar)
do seu povo.
Uma pequena ressalva: não
estou afirmando que Deus está em todas as divisões! Existem divisões que são
meramente humanas.
Até a próxima... Não esqueça: JESUS
ESTÁ VOLTANDO...
A Salvação depende da Fé ou do
Conhecimento da Palavra?
Primeiramente quero
sublinhar um pequeno conceito sobre salvação. A palavra salvação (do grego
soteria “σωτηρία”) significa livramento. Precisamos entender que algumas vezes,
trata-se de um livramento no presente. Ou seja, uma angústia, um sofrimento, uma
enfermidade, uma opressão que a pessoa estava passa num determinado momento.
Observe este texto:
E Jesus, voltando-se, e
vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher
ficou sã (Mt.
9.22).
Jesus disse a mulher do
fluxo de sangue, que ela estava livre (salva) daquela hemorragia. Ele não
estava referindo à salvação da alma. Para que isso acontecesse, ela deveria
continuar perseverando nos ensinos de Cristo. Mas naquele momento, foi salva
(livre) daquela situação que a consumia. Aquilo que ameaçava a sua vida fora
sanado.
Já em outras passagens a
palavra salvação significa um livramento no futuro (salvação da alma).
Analisemos este texto muito importante:
Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo
o mundo, para tentar os que habitam na terra (Ap. 3.10).
Jesus prometeu aos crentes
de Filadélfia, que eles estariam salvos (livres) da “Hora da tentação” que
viria (virá). Eles receberiam livramento (salvação da alma por ter guardado a
Palavra) do “Dia do Senhor”. Esta expressão era muito usada pelos profetas no
Antigo Testamento e reforçada no Novo Testamento como “A Grande tribulação”.
Portanto a palavra salvação pode significar livramento no presente ou no futuro.
O contexto da passagem determinará o sentindo (presente ou futuro). Após esta conceituação continuemos com a
proposta do artigo.
Certa ocasião Jesus disse
- Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são
elas que de mim testificam (Jo 5.39). A palavra examinai aqui, tem o sentido de
análise profunda ou penetrante da Escritura. E esta investigação (análise) será
a produtora da salvação. A vida eterna está na análise profunda da Escritura. A
fé que produz a salvação da alma é concedida por Jesus Cristo. Ele desperta um
desejo ardente de conhecer a Bíblia.
O grande apóstolo Paulo
tem um texto bem pertinente sobre a temática:
E que desde a tua meninice sabes as
sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há
em Cristo Jesus
(2 Tm. 3.15).
Paulo afirmava ao jovem
Timóteo que o conhecimento da Escritura (Antigo Testamento), poderia fazer dele
um sábio para com a salvação, que era (é) proveniente do conhecimento bíblico e
a fé em Cristo Jesus. Ele não desvinculou a questão das duas (conhecimento
bíblico e fé) produzirem a salvação.
Este outro texto paulino é
ainda mais esclarecedor:
Que aprendem sempre, e nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade. E,
como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à
verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé (2 Tm. 3. 7,8).
Ele grifava a questão dos
gnósticos, estudar a filosofia e outros assuntos, menosprezando o ensino de
Cristo, que eles acreditavam se inferior. E diziam que estavam sempre
aprendendo (bem mais que os demais crentes). Paulo assegurou que eles nunca
chegariam ao conhecimento da verdade (Jesus). Porque tal conhecimento se
encontra na Bíblia. Os heréticos (os gnósticos) professavam ter fé em Cristo. O
apóstolo, porém alertou que a fé que eles declaravam (em cristo), estava
reprovada diante de Jesus Cristo.
Você deve estar pensando:
e os analfabetos como ficam? Todo bom crente, que não teve oportunidade de
aprender ler e escrever possui um desejo e prazer de ouvir a Palavra de Deus.
Eles aprendem a Bíblia desta forma (ouvindo), que irá promover a fé para
salvação.
Concluindo, a salvação é
um quebra cabeça de duas peças (conhecimento da Palavra e fé). A salvação vem
do conhecimento bíblico que motiva a fé. O livramento futuro surge da fé que
produz conhecimento da Palavra.
Por que a Morte de Jesus Escandalizou os
Judeus?
A morte de Jesus cristo
por crucificação era algo inaceitável para os judeus. Para eles não fazia
sentindo, o fato do Messias morrer daquela forma, que era considerada maldita -
O
seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo
dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua
terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança (Dt. 21.23). Devido a
este versículo e outras coisas a mais, os israelitas rejeitaram o Messias
enviado.
Eles também associavam o
tipo de morte ao caráter das pessoas. Se a pessoa tivesse uma má índole,
morreria de modo cruel. Pensamento que não tem fundamento – E,
NAQUELE mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus,
cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós
que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem
padecido tais coisas? Não, vos digo;
antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a
torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos
homens habitam em Jerusalém? Não, vos
digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis (Lc.
13. 1-5). Quantos santos fiéis a Deus morreram de forma horrenda neste mundo.
Foram queimados em fogueiras, comidos por feras, arrastados por cavalos, etc.
Todavia, eram servos do Senhor Jesus.
Certa ocasião foi
notificado sobre a morte de uma jovem evangélica, que morreu no banheiro de uma
universidade em Recife. Ela havia sido estuprada e morta a facadas. Certo irmão
ao disse – Ela estava em pecado! Eu o
repreendi na mesma hora e argumentei – Quer
dizer que todos os irmãos que morreram de forma bárbara pelo Império Romano e o
Catolicismo estavam todos em pecados? Ele se calou.
Mas o Todo Poderoso já
havia previsto sobre a morte de Jesus o Messias - E puseram a sua sepultura com
os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem
houve engano na sua boca (Is. 53. 9). O Salvador morreu como um ímpio,
um ladrão, um transgressor. Pois quem infligisse às leis romanas deveria morrer
crucificado. Enquanto o cidadão romano que cometesse os mesmos crimes era
decapitado. Porem os judeus se esqueceram disto! Criaram outras teorias também:
que haveria dois messias. Um sofredor e outro triunfante.
Com tudo o apóstolo Paulo
não deixava de pregar o Cristo crucificado - Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que
é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos (1 Co. 1.23). Esta
morte inaceitável para os judeus devido a sua cultura. E louca para os gregos,
que não acreditava na morte de deus que morreria como um homem. Entretanto a
morte cruel de Jesus gerou vida eterna a todos quantos crerem nele!
Quem são Gogue e Magogue do Apocalipse?
Magogue foi um neto do
ilustre Noé, filho de Jafé (Gn. 10.2). No livro de Ezequiel (caps. 38 e 39), a
referência a Magogue, trata-se de uma nação. Gogue seria um rei (líder) de
Magogue.
No livro do profeta
Ezequiel, Gogue e Magogue se tratam de um evento que irá acontecer antes do
Milênio (período que Deus irá reinar com Israel na terra por mil anos), cuja
Rússia será a grande líder de uma aliança contra Israel.
Já no livro de Apocalipse
(Ap. 20. 8,9), trata-se das rebeldes que são identificadas como Gogue Magogue,
alusão a agressividade destas para Israel e Deus, as quais rejeitaram o Senhor e seus mandamentos. As
nações da terra irão a realizar a ultima insurreição a Deus, ou seja, contra a
cidade celestial dos santos.
Quem
administrava os dízimos no Antigo Testamento?
Para muitos, quem
administrava os dízimos no Antigo Testamento, eram os sacerdotes. Este
afirmação e feita por alguns pastores por falta de conhecimento do assunto ou
por interesses próprios. Na verdade não eram os sacerdotes quem gerenciava.
Observe o texto a seguir:
21 E eis que aos filhos
de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que
executam, o ministério da tenda da congregação. 26 Também falarás aos levitas,
e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles
vos tenho dado por vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao
SENHOR, os dízimos dos dízimos. 28 Assim
também oferecereis ao SENHOR uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que
receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do SENHOR a
Arão, o sacerdote (Nm. 18. 21,26,28)
Como está explicito no
texto, os levitas eram os responsáveis de administrar os dízimos. E de todos os
dízimos, eram oferecido ao Senhor uma oferta alçada que seria o dízimo dos
dízimos, que eram direcionados aos sacerdotes. Alias Deus é espírito, Ele não
precisa comer. Mas os seus representantes precisam.
Portanto, os sacerdotes
não governavam os dízimos em Israel. Pois eles não foram chamados para tal
coisa. Foram vocacionados para gerenciar o culto e seus rituais.
Outra coisa importante,
sobre os dízimos no Antigo Testamento, eram suas finalidades, que às vezes não
são cumpridas como deveria:
28 Ao fim de três anos
tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro
das tuas portas; 29 Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo),
e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e
comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra
que as tuas mãos fizerem
(Dt. 14. 28,29).
Os levitas deveriam ajudar
os pobres, peregrinos, órfãos e viúvas com os dízimos de Israel a cada três
anos. Esta finalidade é pouca observada e cumprida em várias igrejas que se diz
de Deus.
Para socorrer os pobres,
os órfãos e as viúvas, faz-se campanha do quilo. Quem não vem dos dízimos
depositados nos cofres das igrejas. Os necessitados são socorridos pelas ofertas dos crentes que já dizimaram.
Esta prática dos irmãos fazer outra oferta para os necessitados é antibíblica,
pois os dízimos tem que ser aplicados para isto. As vezes os dízimos são
investidos em luxo. E os pobres, órfãos e viúvas não recebem a sua parte que
foi determinada por Deus.
Que bom seria se as
igrejas tivessem uma junta, comissão ou conselho para administrar as entradas
(ofertas e dízimos) das igrejas (é evidente que algumas já adotaram esta
proposta há muito tempo). Pois o costume é centralizar tal função numa única
pessoa (tesoureiro). Que às vezes são indicados diretamente pelos pastores, os
quais ocupam um cargo simbólico.
Porque os próprios
pastores determinam tudo, ou seja, eles administram todo o dinheiro (o tesoureiro fica reservado tão somente a um
contador das entradas) sem consulta uma comissão ou conselho. Desta forma se
sentem a vontade/poder para executar suas ideias, que as vezes não é o
necessário, o urgente e o coerente.
A falta de um conselho
para acompanhar e fiscalizar as entradas da igreja acaba gerando outro: falta
de transparência. O poder administrador nas mãos de um só (pastor/tesoureiro),
sempre haverá excesso, desvio, corrupção, desperdiço e ostentação.
Com a implantação destes
conselhos (que representa os levitas) ou comissões virá varias bênçãos,
principalmente porque giram boatos e ecos sobre má administração do dinheiro da
igreja.
Portanto, a primeira
benção que ocorrerá com a transparência das entradas, irá cessar estes boatos.
A segunda é que a transparência atrairá toda sorte de bênçãos para a Igreja do
Senhor. Pois Deus é transparente e requer transparências. E a onde não a tem,
Ele se afasta e os milagres também.
OUTROS LIVROS DO AUTOR
BIOGRAFIA
Luciano
Rogério de Souza
serve ao Senhor desde fevereiro de 1999. Teve sua experiência pessoal com
Cristo Jesus em Campo Grande capital do Mato Grosso do Sul, local onde foi
batizado. Foi ordenado a diácono em dezembro de 2001. Consagrado ao presbitério
no dia 23 de novembro de 2002, pelo pastor Sergio Jara Canhete. Até então
pastor supervisor do setor 09 (Boa Vista) em Campo Grande – MS. Obedecendo a
voz de Deus retornou para sua cidade natal (Paranaíba/MS) em setembro de 2004.
O Presbítero Luciano tem um Ministério voltado ao ensino, mormente para com a
Escola Bíblica Dominical e curso Teológico. Além deste compêndio de artigos, o
autor já havia publicado um romance intitulado Amor Amargo em 1996. Já
escreveu artigos para outros jornais evangélicos e seculares. Escreveu o livro
infantil As Aventuras do Gelo Gigi (não publicado) e Psicanálise e Educação: a aprendizagem
trilhando o caminho do gozo (monografia disponibilizada em livro). Luciano é
formado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
– UEMS. Fundador e editor da Folha
Assembleiana. Atualmente está cursando Técnico
em Administração pelo IFPR - (Instituto Federal do Paraná).
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