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LIVRO: MANUSEAR BEM A PALAVRA Volume 2

 








 

Luciano Rogerio de Souza

 

 

MANUSEAR

BEM

A PALAVRA

Volume 2

 

 

 

 

PARANAÍBA - MS

2012

 

 

 

SOUZA, Luciano Rogerio de

Manusear bem a Palavra vol.

 

56    p. 145x210 mm.

1.Religião  2. Cristianismo. Artigos I Titulo

CDD 230.09 Teologia Cristã

CDD 200.2 - Religião

CDD 248.86 - Cristianismo

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Introdução

 

Existem assuntos e temas que são poucos comentados ou pregados. Às vezes por falta de domínio ou omitidos por interesses próprios. E são estes que estão em foco no presente livro.

Há estudos que não são bem vindos em várias igrejas. Pois vão de encontro a uma tradição denominacional que não tem respaldo bíblico. Batem de frente com interesses pessoais. Assuntos que se tornam uma ameaça aos “impérios religiosos”.

Nestas páginas, você encontrará diversos temas exposto de acordo com a Bíblia. Espero que desperte em  todos, dúvidas, críticas, que se desenvolvam em pesquisas e outras leituras sobre os temas.

Desejo a vocês uma boa leitura!

 

 

 

 

 

Sumario

 

O Que Significa o Ano Aceitável do Senhor?,

O Espírito Santo subirá ou não subirá no Arrebatamento da Igreja?,

O que significa “opera em vós tanto o querer como o efetuar”?

O Que Significa Sedes Perfeitos Como Vosso Pai?

Por que Jesus chamou Herodes de Raposa?

Por que Jesus desapontou os Zelotes?

Será que o Homem fala a línguas dos anjos?

O que é a Obra de Deus?

Deus se arrepende?

O Que Significa no Mundo tereis Aflição?

O Que Paulo queria dizer: Posso todas as coisas naquele me fortalece?

A grande verdade Sobre o Culto com Serpentes

O Que Significa: Maldito o homem que confia no homem?

O Amor é inato ou ensinado?

O Que era a Porta Formosa?

O Que significa a palavra Corbã no Evangelho de Marcos?

Interpretação Arminiana de João 15.16, 41

Tudo que é oficial é verdadeiro?

Quem são os escolhidos em Mateus 22.14?

O que significa “deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai” em Lucas 9.59?

A Teologia evolui com as demais ciências?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Que Significa o Ano Aceitável do Senhor?

 

A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes (Is. 61.2).

Foi o profeta Messiânico Isaias que proferiu esta expressão ou profecia. Isto fazia uma referência ao Ano do Jubileu. Ou seja, de cinquenta em cinquenta anos deveria observar estas ordenanças. Mas os israelitas não respeitavam o Jubileu. Analisemos o que deveria ser feito neste ano (Lv. 25. 8-55):

- o solo deveria ficar sem plantação, ou seja, sem qualquer atividade humana

- a terra deveria retornar aos antigos donos

- os escravos hebreus tinham que se libertos

- era o ano de compartilhar as riquezas (farturas) com os pobres e necessitados

O Jubileu em outras palavras era o socorro de Deus para com os escravos, endividados, excluídos, etc.

O ano aceitável do Senhor se materializou na pessoa de Jesus Cristo. Ele veio libertar os escravos do pecado e do diabo. Informação que a Igreja tem que proclamar. Os seguidores de Cristo devem no Jubileu (dispensação da graças) anunciar de alto e bom som, que a humanidade necessita retornar ao seu primeiro Dono/Criador por meio de Cristo.

Os cristãos devem compartilhar suas riquezas, tanto espiritual e material. Partilhar com os pobres e necessitados o gozo da salvação. Dividir a informação que não há salvação em outra pessoa a não ser em Jesus.

Por fim, a igreja não pode esquecer que o Jubileu é santo. Pois os antigos judeus não podiam trabalhar neste ano, ou seja, não podiam cultivar a terra. Da mesma forma, os cristãos devem santificar o período da graça, buscando o Reino de Deus em primeiro lugar. Os dias são difíceis e muitos estão correndo mais atrás das coisas do mundo do que das de Deus. Esquecendo que Jesus está voltando e precisamos com urgência anunciar o Ano Aceitável aos pecadores. Mas como os hebreus, a maioria dos cristãos, não respeitam o Jubileu (não proclamam Evangelho).

 

 

 

 

 

O Espírito Santo subirá ou não subirá no Arrebatamento da Igreja?

 

Durante vários anos, havia um conceito unânime, sobre a retirada do Espirito Santo. O qual subiria com o arrebatamento da Noiva do Cordeiro.

Recentemente deparamos com outro conceito inédito, estranho aos nossos ouvidos. Importado dos estados Unidos, que fora reproduzido em nossas escolas dominicais (Revista mestre do 2° trimestre de jovens e adultos de 2012, pag. 80). Afirmando que Consolador não subirá com a Igreja de Cristo e que o mesmo atuará na Grande Tribulação. O interessante dos dois conceitos é a fundamentação de ambos. Analisemos em que estão embasados.

            O primeiro está alicerçado aqui - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado (2 Ts. 2.7). O texto diz que a injustiça já está atuando. Mas o grande líder da injustiça (anticristo) só receberá permissão para atuar quando a Igreja e o Espirito Santo subir para os céus.

Já o segundo conceito, o qual é muito estranho para grande “comunidade pentecostal”, está fundamentado em rodapé de Bíblia, em argumentação de pura eisegese (que quer introduzir verdades no texto e não extrair verdades do texto), em comentários que não tem respaldo bíblico, provenientes dos americanos.  Eu não sei você? Eu fico com a Bíblia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que significa “opera em vós tanto o querer como o efetuar”?

Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Fp. 2.13).

 

O grande apóstolo Paulo fez uma declaração especial aos crentes da igreja de Filipe, sobre desejo, salvação e boas obras. Que em todas as situações, primeiramente são originadas no próprio Senhor. O apóstolo estava afirmando, que o próprio desejo (querer) dos filipenses em ajudá-lo (eles enviavam dinheiro e alimentos a Paulo na prisão) era operado por Jesus. E que os homens não realizam tal coisa sem proveito ou interesse próprio (egoísmo).

Estas influências divinas (operação), ou seja, do Espírito Santo, manifesta-se em visões, sonhos, dons espirituais, etc. Visando sempre o bem do ser humano. Paulo deixou bem claro que a mesma regra vale também para salvação: é Jesus quem salva. Porem o homem só é salvo se responder a graça divina.

 

 

 

O Que Significa Sedes Perfeitos Como Vosso Pai?

 

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus

(Mateus 5.48)

 

Este texto da Bíblia é super intrigante. Parece que Deus está sendo um tolo ou ignorante, pedindo para o homem ser perfeito como Ele é. Recomendação impossível de acontecer! Nem tudo o que lemos, podemos interpretar literalmente, pois o texto e a expressão idiomática em apreço vieram da língua grega. Conceitos que estão distante do nosso português. Às vezes as coisas que lemos estão além da nossa compreensão simples. A primeira impressão desta leitura, é que o Pai Celestial determina que nós alcancemos a perfeição ainda aqui na terra. Porem o texto não se trata disto.

O termo perfeito aqui vem do grego “teleios” (τέλειoς) que significa completo, cheio e pleno. Deus pede ao homem simplesmente para se sentir completo e cheio em Deus. Foi também o que exigiu de Abraão - SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito (Gn. 17.1).

O Senhor pediu ao patriarca para se sentir completo. Pois Deus é completo! Jesus estava tão somente reafirmando essa doutrina. O Senhor representa a plenitude. Ele dizia a Abraão que o mesmo não precisaria de outro deus, que só Ele (Criador) bastava.

Então quando Jesus disse aos seus seguidores para serem perfeitos como vosso Pai que está nos Céus. Simplesmente Ele queria e quer, que todos seus discípulos se sintam realizados e completos em Deus, não precisando de benefícios ou favores de outros deuses.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por que Jesus chamou Herodes de Raposa?

E respondeu-lhes: Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia sou consumado (Lucas 13.32).

 

Somente Herodes recebeu publicamente uma palavra de desprezo e insignificância da parte de Jesus. Ao chamá-lo de “àquela raposa”, estava culturalmente afirmando conceitos e símbolos que a palavra conotava. Os judeus usavam-na com o significado de um homem sagaz. Ela tinha também o sentindo de destruição. Representava ainda o símbolo de algo insignificante. Jesus só disse isto, porque conhecia muito bem o interior (desejos e pensamentos) de Herodes. O Mestre sabia que ele era, o tipo de líder que desejava agradar os romanos como também os judeus. Portanto, Herodes é um símbolo de líder de igrejas ou crentes que querem agradar a Deus e, ao mesmo tempo o mundo.

 

 

 

 

Por que Jesus desapontou os Zelotes?

 

O judaísmo nos dias de Jesus estava dividido em quatro seitas: fariseus, saduceus, essênios e zelotes. Os zelotes buscavam e lutavam por uma independência nacional. Eles acreditavam que Jesus Cristo iria lutar, para libertar os judeus do jugo (servidão) dos romanos. Pois a palavra messias (cristo em grego) significava ungido, que era usada na cerimonia de coroação de reis em Israel. Com isso esperava que Jesus fosse um rei político, que lutasse contra o Império Romano. Quando perceberam que o Salvador não expressava ideias revolucionarias, nos seus ensinos e discursos, rejeitaram como Messias. Acredita-se que Judas Iscariotes fosse um zelote, que ao perceber que o Mestre não lutaria pela causa do grupo, ficara muito desapontado, ao ponto de trai-lo. Que a verdadeira motivação de Judas não foi às trinta moedas (que foram jogadas no santuário). Mas a não adesão de Jesus ao pleito dos zelotes. 

 

 

 

 

 

Será que o Homem fala a línguas dos anjos?

 

AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos... (1 Co. 13.1)

 

Muitos usam o texto em apreço para afirmar que os homens falam a línguas dos anjos. Todavia, o apóstolo não confirmou isto. Vamos ao texto -  “Ainda que eu falasse”.  Tanto no português como no grego (gr. λαλω) “falasse” está no modo subjuntivo. Todos sabem que este modo, caracteriza-se por hipóteses, dúvidas e incertezas. Se Paulo tivesse verdadeiramente confirmado que o homem fala línguas dos anjos, teria usado o modo indicativo.

Existir um grupo que força ainda mais, com argumentação fraca e infantil – O homem fala a línguas dos anjos, para que o diabo não entenda o que estamos falando com Deus. Olha, o satanás era um anjo (querubim)! Então Deus, teve que trocar a língua dos anjos para ele não entender, não? Tal conceito (falar língua dos anjos) não se sustenta. Observe o que aconteceu em Atos dos Apóstolos capítulo dois - E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.  E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.  E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?  Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (Atos 2. 5-8). Vejam que os judeus que moravam em outros países, entendiam perfeitamente aquelas línguas/idiomas (glossolalia: fenômeno espiritual que concede falar em outras línguas pelo Espirito Santo sem conhecê-la e estuda-la) em sua segunda língua (primeira língua do judeu era aramaico/hebraico), pertinente à região onde residiam.

Aqui no Brasil aconteceu o mesmo, ou seja, que essas línguas estranhas, são idiomas da terra em uso ou já mortos. Quando os missionários suecos (Gunnar Vingren e Daniel Berg) estavam batizando os novos crentes no Pará, sem saber estavam sendo assistidos pelos os padres da época. De repente a irmã Celina Albuquerque (primeira a ser batizada com Espirito Santo) foi batizada com o Espírito e começou a louvar o Senhor Jesus na língua hebraica. Os padres perceberam que se tratava do idioma dos judeus. Espantaram-se a ponto de dizer – Esta mulher eu conheço! Ela nunca estudou o hebraico! Com está louvando a Deus nesta língua? 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que é a Obra de Deus?

 

Não destruas [...] a obra de Deus... (Romanos 14. 20).

 

Qualquer cristão protestante que frequenta assiduamente a sua igreja, já ouviu inúmera vezes a expressão “Obra de Deus” ou “Obra do Senhor”. A concepção da mesma difere muito, dependendo da região, igreja e pastor. Influenciados pela sociedade moderna, acreditam e defendem que obra de Deus é materialismo e estética. Reduzindo-a tijolos, ferro, cimento, etc. Conceito extremamente errado! Concepção que criou força devido aos grandes impérios denominacionais (placas de igrejas ou ministérios).

Para Deus é bem diferente. O conceito de Jesus sobre obra do Senhor é o ser humano, ou seja, curas, milagres, libertações e transformações de vidas. Templos luxuosos não correspondem com sentido original (de Deus) de obra de Deus. Este tipo coisa não chama atenção e a comoção do Senhor Jesus! Observe este trecho bíblico - Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo (Rm. 14. 20). Paulo orientava os romanos, para que eles não destruíssem a obra de Deus (as pessoas, os crentes) naquele lugar, com assuntos e conceitos sem fundamentos. Pois a fé, a esperança das pessoas estava sendo destruídas. Aqui fica bem claro que obra do Senhor significa pessoas e nãos coisas materiais. Este versículo reforça nossa abordagem - Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co. 15. 58). Que sejamos abundantes no socorro do próximo, na libertação de pessoas e na mudança de vidas. Isto sim é obra de Deus e agrada ao Cristo Jesus!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           

 

Deus se arrepende?

Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração (Gn. 6.6)

 

A crença de que, Deus pode se arrepender, invalida o seu atributo de Onisciência (conhecedor de todas as coisas). Ou seja, o Senhor não sabia que o homem se tornaria maldoso? É evidente que sim! Como conhecedor de tudo antecipadamente, Ele já sabia do tropeço do ser humano no Jardim do Éden. Deus nunca se arrependeu e jamais se arrependerá de ter criado o homem. Aliás, arrependimento é um sentimento humano (Nm. 23.19). 

Deus é imutável (outro atributo do Senhor)! Aqui neste trecho bíblico, o Senhor usa uma expressão que se chama antropomorfismo, isto é, o Todo Poderoso se expressando em linguagem e formas humanas para se entendido. O arrependimento neste versículo significa que o Criador apenas ficou triste, que é outro recurso chamado de antropopatismo, isto é, Deus se expressando com os sentimentos humanos.  

 

 

 

 

O Que Significa no Mundo Tereis Aflição?

 

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo. 16.33).

 

Nosso enfoque aqui é a palavra aflição usada neste versículo. O termo grego “thipsis” (θλίψις) significa espremer, esmagar, opressão, tribulação. Era usada para o esmagamento de azeitonas e uvas.

Assim como o mundo tentou esmagar Jesus de todas as formas, o mesmo sucederia com os apóstolos e todos seguidores de Cristo. Contudo ele venceu! E o mesmo sucederá com os cristãos, que tendo bom ânimo (perseverança), vencerá. O Mestre antecipou sobre isto, para que todos os crentes não venham se desesperar no momento, que o mundo tentar esmagá-los. Mas que tenham força no seu interior.

 

 

 

 

O Que Paulo queria dizer: Posso todas as coisas naquele me fortalece?

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece

(Fp. 4.13).

 

A não observação do contexto, onde está inserido o versículo em estima, leva a uma crença e expectativa contrária ao que o apóstolo disse. Segundo o próprio contexto/exegese, a expressão “posso todas as coisas”, fora dito com o sentindo que em Deus ele suportaria tudo o que viesse pela frente. Ele sabia muito bem se relacionar com a fartura e a escassez. Sabia ter fome como ter abundância. Independente da ocasião, Paulo suportaria tudo pela força que Jesus Cristo operava no seu interior. Portanto, em Cristo ele suportava todas as coisas (situações).

Percebemos que o conceito postado pela Teologia da Prosperidade “posso todas as coisas”, tem o significa de conquistas, sobre tudo materiais, é mentirosa e fora do contexto. Tratando-se de uma mentira, acaba gerando frustração e abandono da fé por muitos, que pensavam que iriam conquistar tudo, porque era uma promessa de Deus. Era sim uma promessa de Cristo! Não de conquista, mas de suportar todas as adversidades por meio da fé.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A grande verdade Sobre o Culto com Serpentes

Pegarão nas serpentes... (Mc. 16.18)

 

O culto com serpentes é algo antigo. Ressurgiu com força no começo do século XX, em especial nos Estados Unidos. Tal prática não vem de Deus nem da sua Palavra. Este culto tornou se mais evidente recentemente, devido à morte de um pastor que foi picado por uma serpente.

Muitos teólogos foram procurados pela imprensa aqui no Brasil para comentarem o incidente. Explicaram muito bem, que a prática/costume é uma afronta ao Senhor Jesus. Porém, observei que ninguém foi até ao cerne do problema.

Segundo os estudiosos da Bíblia, os manuscritos mais antigos do Evangelho de Marcos não continham o trecho dos versículos nove a vinte, ou seja, houve um acréscimo desta parte. Quem sabe não foram os antigos praticantes do culto com serpentes quem fizeram esta alteração? No entanto, Jesus já havia previsto sobre o violar e alterar os textos bíblicos - Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus (Mateus 5.19). Veja outro texto - Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;  E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro (Apocalipse 22. 18,19). A sentença vale para toda a Bíblia, quem acrescentar ou retirar ensinos provará do juízo do Senhor!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Que Significa: Maldito o homem que confia no homem

 

Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! (Jeremias 17.5).

 

Vários obreiros e crentes conceituam este versículo erroneamente. Acreditando que o ser humano não deve confiar no outro (ninguém). Pensando que o homem nunca terá um verdadeiro amigo ou coisa parecida. Não tem como viver neste mundo sem confiar no próximo. Mesmo desconfiando, você tem que demonstrar confiança. Exemplo, o patrão que confia no funcionário, a mulher que confia no marido e vice e versa. Algumas coisas precisam ser elucidadas a partir deste verso.

O rei de Judá (talvez Zedequias) fez um pacto com o rei do Egito, pensando que estava protegido, escudado da Babilônia, que começara se levantar como império. O monarca judeu confiou no grandioso exército egípcio e não no Senhor dos Exércitos. Esta aliança (Judá e Egito) não impediu a invasão do império babilônico. Da mesma forma, todos que confiarem mais na força, influência, finanças dos seres humanos e não no Senhor Jesus Cristo, estarão condenados ao fracasso e ruína, como sucedeu com o reino de Judá.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Amor é inato ou ensinado?

Porque esta é a mensagem (ensino) que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros ( 1 João 3.11).

 

Quem bom seria se todos os seres humanos nascessem com um dispositivo do amor! O mundo seria diferente. As pessoas estariam mais próximas do criador. Pelo outro lado, não haveria, assassinatos, crimes, violências, suicídio, divórcios, injurias, corrupções, etc.

Com as primeiras linhas deste texto, você já percebeu que o amor não é inato (que nasce com a pessoa). Ele é, e deve ser ensinado. Não é mera coincidência os inúmeros versículos que ensinam sobre o amor. O próprio Senhor Jesus enfatizou sobre ele (amor) e estimulou os seus discípulos a repassá-lo - E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.  Este é o primeiro e grande mandamento.  E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22. 37-39).

Atualmente percebemos o quanto o ensino pode alterar a consciência, o pensamento e o comportamento do ser humano. Por exemplo, o ensino sobre a importância de preservar o meio ambiente, já está produzindo resultado.  Tornou se nítido que as crianças (nova geração), assimilaram muito bem este ensino, ao ponto de corrigirem os próprios pais, como o jogar papéis em vias públicas, etc. Por que esta geração teve sua consciência mudada? Porque estão recebendo esta orientação (ensino) diariamente nas escolas. Por que não fazemos o mesmo com tema amar/amor?

A ausência do ensino sobre o amor nas igrejas, famílias, escolas e empresas, resultou na atual sociedade que vivemos: a não valorização do ser humano, da vida e da própria família. Contudo, se for resgatado este ensino as coisas ainda podem ser alteradas. Podemos tornar a nossa sociedade mais amável. Não sejamos ignorantes! Os crimes, a violência e a corrupção não irão acabar. Mas com certeza terá uma redução bem considerável.

O ensino sobre amor chegou ao ápice do desprezo, que até a maioria das igrejas (que deveriam ensinar todos os dias) colocaram outros temas no seu lugar. Parece que as igrejas estão tendo mais prazer em ensinar sobre prosperidade, sucessos, conquistas pessoais e materiais - SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (2 Timóteo 3. 1-5) . Isto é um sinal de alerta que o fim está próximo. A representante de Deus na terra, ao que parece já se perdeu (está perdida) durante o percurso por Jesus traçado.

Com isto já podemos identificar aquilo que Cristo previu - E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mateus 24.12). Por falta de ensino do amar, as injustiças aumentam e consequentemente o amor de muitos está esfriando (apagando). São sintomas que estão relacionados diretamente com a perda de sensibilidade da maioria das igrejas e da prática da doutrina do amor. Perdendo a identidade de povo de Deus - Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (João 13. 35)

 

 

 

 

 

O Que era a Porta Formosa?

 [...] à porta do templo, chamada Formosa... ( Atos 3.2).

 

Para a maioria dos estudiosos da Bíblia, a Porta Formosa, tratava-se da Porta de Susã (produzida com bronze da cidade de Coríntio), localizada na parte oriental do templo, que ficava próxima do pórtico de Salomão. Ela encontrava bem perto do mercado, onde se comercializava pombos e outros animais. Foi nesse lugar que Jesus repreendeu os cambistas (Mateus 21. 12,13). A Porta Formosa, fazia ligação da parte exterior do Templo ao Pátio dos Gentios. Portanto, era lugar estratégico para um mendigo, pois havia um fluxo muito grande de pessoas que passavam de um lado para o outro ali.

Essa porta, para os mendigos representava oportunidades de conquistarem esmolas. Contudo, ela foi uma oportunidade de benção (cura) para o coxo. Jesus Cristo é mestre em oferta oportunidades, para sua cura, libertação e salvação. O Espírito Santo é um símbolo da Porta Formosa (oportunidade). Que sempre está do seu lado. É só fazer o seu pedido a Ele, para você receber o seu milagre como sucedeu com o coxo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Que significa a palavra Corbã no Evangelho de Marcos?

Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor (Marcos 7.11).

 

Corbã foi uma tradição (voto) criada pelos fariseus que era bastante difundida no primeiro século da Era Cristã. Consistia na consagração de posses (terras, gados, casas, etc.) dos religiosos a Deus (segundo o conceito dos tais. Pois verdadeiramente O Senhor não recebia tal consagração egoísta). Com esse costume, o bem consagrado não tinham outra finalidade além de servir ao Senhor. O voto de corbã acabava ferindo a Lei de Deus (como honrar aos pais; amar o próximo como a ti mesmo) - Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas (Marcos 7.13).

 Motivados pelo egoísmo, os fariseus declaravam corbã aos bens, fugindo da responsabilidade de ajudar (honrar) os próprios pais. Consagrado o bem, o proprietário podia usufrui-lo até a morte. Enquanto vivo (dono do pertence) não podia repassá-los para ninguém, nem mesmos os pais. Essa prática, extremamente egoísta e desumana fora condenada pelo o Senhor Jesus.

Escrevendo sobre assunto, recordei de um episodio que aconteceu na Rússia antes da Revolução de 1917 (que gerou todo aquele ateísmo que nós já conhecemos). A Igreja Católica naquele lugar cometeu um corbã como os fariseus praticavam no passado. Uma grande crise seguida de fome sobreveio. Um jovem padre recém-ordenado. Incomodou-se com o desespero e a fome do povo e sugeriu – Bispo, vendemos um pouco de ouro da igreja para ajudar os necessitados – A resposta do bispo veio imediatamente – Você está louco? Vender o ouro da igreja, do Senhor, para comprar comida? Você só deve está enlouquecendo! – Esse dialogo caiu na boca do povo, gerando uma revolta sem procedentes, que consolidou no regime politico socialista/comunista.

Imagino que o costume do corbã ainda hoje é executado por igrejas católicas e também evangélicas, que não vendem suas propriedades ociosas e inúteis para socorrer os necessitados. Ancorados no velho discurso – Isto é do senhor, não podemos vender...

 

 

 

 

Interpretação Arminiana de João 15.16

 

Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós [...] (João 15.16).

 

Os arminianos (que defendem o livre arbítrio) têm a interpretação e a elucidação, correta e coerente do verso em análise. Com o compromisso de não ir além do texto, respeita-se os limites literal. Veremos a seguir que a interpretação contraria a arminiana não tem fundamento.

A expressão “não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós”, trata-se de uma escolha ou pré seleção ministerial e não para a salvação. Se neste texto tivesse abordando sobre salvação (predestinação), podíamos desconsiderar toda a Bíblia. Teríamos então uma contradição, pois a Sagrada Escritura diz que, Deus não faz acepção de pessoas - E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10.34). Pedro teve seu conceito desmoronado ao perceber que a salvação não pertencia somente aos judeus. Ele presenciou com os próprios olhos, Jesus Cristo chamando Cornélio à salvação.

Vejamos este outro versículo que elucida muito bem, que O Senhor, escolhe a dedo para uma função especifica e não a salvação - Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta (Jeremias 1.5). Deus seleciona para o ministério ou para realizar um cargo especifico, baseado na personalidade e características indispensáveis a execução da vida ministerial. Voltando ao texto de Jeremias, compreende-se que o Senhor não fez nenhuma promessa de salvação ao profeta, como querem alguns. A escolha desde o ventre foi para desempenhar o ministério profético.

O apóstolo Paulo é outro exemplo para a nossa argumentação - Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel (Atos 9.15). O Senhor Jesus disse a Ananias que Paulo fora escolhido para pregar o Evangelho aos reis, aos judeus e especialmente aos gentios (pessoas não israelitas). Compreendemos no texto, que não há promessa de salvação de alma. A salvação do apóstolo dependeria da sua atitude/comportamento de permanência na Palavra de Deus.

Para concluir voltemos ao Evangelho de João - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda (João 15.16). O verso diz literalmente (nada, além disto) que os discípulos foram escolhidos para uma tarefa especifica: ganhar almas (deis fruto) e que estas almas permaneçam na presença de Deus (vosso fruto permaneça). A seleção dos apóstolos (que representa os obreiros) refere-se à evangelização e não a salvação. Por isso eles foram autorizados (nomeei), a ir ganhar almas (vades). E fora exigido que as pessoas convertidas (frutos) firmem nesta decisão até o fim (vosso fruto permaneça).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tudo que é oficial é verdadeiro?

 

Dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram (Mateus 28. 13).

 

 

Nem tudo o que é oficial é verdadeiro. O relato oficial (que foi para Roma) era que os discípulos de Jesus haviam roubado seu corpo a noite para forjar uma suposta ressurreição. No entanto a verdade era outra: Jesus havia sim ressuscitado para assentar a direita do Pai - E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, Dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram (Mateus. 28. 11-13).

Existem registros também na História nacional e mundial, reconhecidos como oficiais, entretanto não são verdadeiros. Os fatos históricos que conhecemos, foram relatados pelos vencedores. O mesmo se repete com as atas que oficialmente diz uma coisa (cujos registros são dos superiores, dos governantes, dos vencedores), porém não condiz com a verdade. Com isto defendemos que a História (eclesiástica, nacional, mundial) precisa ser recontada, analisada, pesquisada, para que se aproxime da verdade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem são os escolhidos em Mateus 22.14?

 

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos (Mt. 22.14).

 

O versículo em estima foi usado por Jesus Cristo para concluir a parábola das bodas, que tem como fundo o chamamento de Israel a Cristo. Mas os israelitas não corresponderam a este chamado.

Jesus usa aqui a expressão “muitos chamados” para os israelitas. A salvação foi oferecida a toda nação. Aqueles que rejeitaram o Evangelho são os chamados. Da multidão de chamados poucos foram escolhidos.

O termo escolhido refere-se à decisão que os judeus tomaram ao aceitar Jesus como o Messias. Portanto, todos (judeus e gentios) que por meio do livre arbítrio aceitaram o sacrifico de Cristo como suficiente para salvação. Todos foram escolhidos em cristo.

Para pertencer ao grupo de selecionados às pessoas precisam (livre escolha) moldar a sua vida aos preceitos que Jesus determinou.

Para finalizar, chamados são aqueles que ouvem as Boas Novas. Escolhidos são aqueles que ouvem e correspondem a ele por meio de uma escolha pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que significa “deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai” em Lucas 9.59?

E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: SENHOR, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai (Lc. 9.59)

 

Muitos acreditam que esse jovem estava velando o pai. Pensamento incoerente pela reflexão simples e pela tradição judaica. Pense! Se tivesse ocorrendo o velório do pai como o mancebo estaria pelas ruas? Com certeza todos o acusariam de frio e desumano.

Para os judeus, assistir (ajudar) os pais até a morte, constituía um dever importante. O mandamento honrar pai e mãe abrangia este dever. Portanto, quando o jovem pediu permissão para enterrar o pai, significava que ele queria viver ao lado do pai até o mesmo morre e só depois se tornar um discípulo do Senhor Jesus. Mas o Reino de Deus deve estar em primeiro lugar na vida de todos -   Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6.33). O Reino dos Céus tem urgência! Por isso Jesus disse a ele, para não se preocupar com esta tradição - [...] Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus (Lucas 9.60).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Teologia evolui como as demais ciências?

 

A História comprova que as ciências se evoluíram, especialmente as humanas. A teologia não ficou imune há essas alterações. Primeiramente conceituemos a palavra ciência. Ciência é sinônimo de conhecimento. Abordamos aqui, que os conhecimentos/ciências vão se alterando de acordo com a época (tempo) e sociedades (espaço). O nosso objetivo é demonstrar por meio deste texto que nem a própria Teologia escapou das mudanças ocorridas pelo tempo e o espaço. Embora muitos não percebam, as sociedades determinam a Teologia (crença).

A própria Teologia hebraica se alterou com o passar do tempo e espaço. Mudanças que estão frisadas na Bíblia. Veja este exemplo:

 ANTES

E a ira do SENHOR se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá (2 Sm. 24.1). 

DEPOIS

Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel (1 Cr. 21.1).

Antes do cativeiro babilônico, tudo era atribuído a Deus. Tanto o bem como mal, estavam relacionados diretamente com a ação divina. Depois da servidão os hebreus já faziam distinção entre bem (Deus) e mal (diabo).

Este outro exemplo nos esclarece que a questão espaço/destinatário e autor/formação provocam conceitos um pouco diferentes:

MATEUS

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt. 6.3).

LUCAS

E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus (Lc. 6.20).

Mateus segundo os eruditos escreveu para uma comunidade predominante judaica. A qual não acreditava que um filho de Abraão fosse pobre. Os judeus buscavam e ostentavam riquezas. O próprio Mateus era um coletor de impostos, ou seja, tinha dinheiro em abundância. Portanto sua formação ficou registrada no texto em estima: “pobres de espírito” e não somente pobres.

Já Lucas escreveu para outra comunidade, predominante gentílica (não judeus), a qual não tinha em sua cultura e tradição, o conceito/discurso de que a riqueza signifique paternidade divina. Para o médico, os fiéis pobres,  o Senhor tem um cuidado especial, diferente daquilo que pensava Mateus e toda sociedade judaica. O conceito lucano de pobreza, que não significa esquecimento de Deus, fora reforçado por Tiago - Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? (Tg. 2.5).

 

A SALVAÇÃO

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé (Espírito); e isto não vem de vós (habilidades), é dom de Deus (Ef. 2.8).

Antes do século IV d.C., havia uma crença que o homem não desenvolvia um papel importante na salvação/persuasão. Depois desta, data quando a Filosofia colocou seus tentáculos sobre a Teologia, via Agostinho de Hipona.

Desenvolveu-se o conceito que o homem, tem um papel fundamental na salvação do ser humano, que se estendeu até a Idade Média. Mas perdeu sua força com a Reforma Protestante. A partir desta reforma foi ressuscitado à crença que o homem, não tem nenhum papel importante na conversão/salvação. Vamos explicar um pouco melhor esta alteração. A filosofia gerou (após Agostino) a crença que habilidades como oratória, retorica e eloquência, eram importantes para atuação do Espírito Santo na hora da persuasão/conversão humana. Conceito que foi descartado (porque antes do bispo de Hipona era inexistente) com o Movimento Pentecostal do século XX. Porem, atualmente,  percebemos que este conceito se levanta das profundezas para adentrar e sobreviver nos seminários, resgatando aquilo que Deus já repudiou.

 

BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At. 2.4).

O batismo com o Espírito Santo sofreu múltiplas alterações ao longo do tempo. Primeiramente, imaginavam que ele, significava salvação. Para ser salvo precisaria ser batizado com o Espírito. Ainda hoje, alguns líderes e igrejas preservam este conceito equivocado, que este batismo representa salvação.

Depois veio a crença que o batismo no Espírito, era uma espécie de capacitação, para aprender e fala idiomas. E por fim surgiu o conceito que ele é um revestimento concedido por Jesus para obreiros e crentes atuarem contra o império das trevas. Quem sabe futuramente ele não receba uma nova definição?

 

CORTA O CABELO

            Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu (1 Co. 11.6).

Os primórdios do pentecostalismo brasileiro desenvolveram um entendimento da palavra tosquiar ou tosar dependendo das versões, que as mesmas significavam cortar. Logo, criaram a doutrina, que as mulheres não podiam corta o cabelo de maneira nenhuma, inclusive às pontas.

Com o tempo (outra geração) atentaram que cortar e tosar são termos distintos, ou seja, diferentes. Tosar tem o sentindo de corta rente. Já tosquiar traz em sua semântica, rapar, cortar rente e tosar. Por isso atualmente tal conceito (tradição) que não pode corta o cabelo não faz sentido, pois a Bíblia proíbe tosar e não cortar. O conceito foi alterado e adequado conforme o próprio termo grego “keiro” (κείρω) que significa tosquiar ou tosar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Grande Mentira

 

A humanidade tem muita incerteza sobre a existência de seres extraterrestres. Alguns dizem que tiveram um contato direto com tais seres, mas nunca provaram. Outras afirmam que filmaram as naves dos extraterrestres. Contudo, foram encontradas as tais naves escondidas em galpões de fazendas em especial nos Estados Unidos. Ou seja, era pura farsa.

            Ufólogos (pessoas que estudam os seres extraterrestres) estão espalhando a noticia, que no futuro próximo, o planeta terra será invadidos por várias naves tripuladas por seres desconhecidos, que irão raptar milhões de seres humanos para preservar a espécie humana. Isto não passa de uma mentira diabólica, para enganar os homens, para eles a acreditarem que tal fenômeno não se trata do arrebatamento da Igreja. Existem alguns trechos bíblicos que abordam este evento divino:

 

Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;

Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.

Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.

Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.

(Mat. 24. 40-44)

 

E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

(1 Co. 15. 50-54)

 

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

(1 Ts. 4. 13-17)

 

Portanto o diabo já criou uma mentira, para dizer que não haverá o arrebatamento (trasladação) da Igreja e sim o rapto por partes de seres de outros mundos. Mas tenho certeza, que se você não subir com a Igreja de Cristo (por não servir a Cristo fielmente), recordará deste texto e saberá que não houve nenhum sequestro por extraterrestres e, sim, a confirmação da promessa de Deus para com a Igreja Amada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                

 

 

 

 

 

 

BIOGRAFIA

Luciano Rogério de Souza serve ao Senhor desde fevereiro de 1999. Teve sua experiência pessoal com Cristo Jesus em Campo Grande capital do Mato Grosso do Sul, local onde foi batizado. Foi ordenado a diácono em

dezembro de 2001. Consagrado ao presbitério no dia 23 de novembro de 2002, pelo pastor Sergio Jara Canhete. Até então pastor supervisor do setor 09 (Boa Vista) em Campo Grande – MS. Obedecendo a voz de Deus retornou para sua cidade natal (Paranaíba/MS) em setembro de 2004. O Presbítero Luciano tem um Ministério voltado ao ensino, mormente para com a Escola Bíblica Dominical e curso Teológico. Além deste compêndio de artigos, o autor já havia publicado um romance intitulado Amor Amargo em 1996. Já escreveu artigos para outros jornais evangélicos e seculares. Escreveu o livro infantil As Aventuras do Gelo Gigi (não publicado) e Psicanálise e Educação: a aprendizagem trilhando o caminho do gozo (monografia disponibilizada em livro). Luciano é formado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS. Fundador e editor da Folha Assembleiana. Atualmente está cursando Técnico em Administração pelo IFPR - (Instituto Federal do Paraná).

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