(1) Agnes
Ozmam, primeira pessoa batizada com o Espírito Santo na Escola Bethel em 1901.
(2) Frida
Vingren esposa do missionário Gunnar Vingren a qual compôs vários hinos da
nossa harpa cristã.
(3) Celina
Albuquerque primeira assembleiana a ser batizada com o Espírito Santo no
Brasil.
(4) Escola
Bethel do professor Charles Fox.
(5) Igreja da
Rua Azusa em Los Angeles pastoreada pelo pastor William Saymour. Foi nessa
igreja que a aconteceu a grande explosão pentecostal para o mundo.
SOUZA, Luciano Rogerio de Meus artigos, fábulas e metáforas vol 2. 51 p. 145x210 mm. CDD 230.09 Teologia Cristão CDD 200.2 - Religião CDD 248.86 - Cristianismo
SUMARIO
FÁBULAS E METÁFORAS
A Atravessia da Bicharada
A Troca de Senhores
Aprendendo com os ouriços
Comida de Piranha
Contando milhos,
O Lobo Velho
O Peixinho e a Pombinha
O velhinho sonhador
Os três soldados
Interpretação Arminiana de Efesios 2. 8,9
A pequena aranha, 48
INTRODUÇÃO
O conteúdo deste livro são artigos, fábulas e metáforas, que
publiquei no jornal Folha Assembleiana.
Esse jornal derivou de um projeto de extensão que realizei, durante o curso de
Pedagogia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Campus de
Paranaíba/MS.
Primeiramente
participei do projeto de extensão da professora Milka Helena Carrilho Slavez,
intitulado “Jornal Universitário”. O jornal do projeto era denominado Pedagogia em Notícias. Neste periódico
tínhamos uma coluna chamada “Pensadores”.
Após
participar deste projeto, sob indicação e orientação da professora Milka, realizei
o “Projeto Jornal Ação Cidadã”, nas dependências físicas do quartel da Policia
Militar de Paranaíba, com alunos (adolescentes) da rede pública de ensino,
durante o período de fevereiro de 2007 a janeiro de 2008. Após o termino do meu
projeto de extensão, criamos a Folha
Assembleiana em 2008. O informativo foi criado para edificar (a Igreja) e
evangelizar (os não crentes). Pois Jesus Cristo está voltando... Que Deus te abençoe e boa Leitura!!
Minha Conversão
Em
1998 o Brasil perdia a final para os franceses por três a zero, considerado uma
armação, uma farsa. Neste ano dezenove países europeus confirmavam um tratado
de proibição sobre clonagem humana. O Vaticano pedia desculpas por ter se omitido
diante aos crimes do nazismo e eu estava morando de favor em uma oficina
mecânica.
Nesse
ano terminei o primeiro grau. Foi um período difícil da minha existência. Quase
sem roupas, devido alguns serviços que eu prestava ao dono da oficina. As
roupas ficavam insociáveis devidos o óleo diesel e o óleo queimado. Dinheiro
não tinha para supri-las. Para ir a escola a noite não era fácil devida essa
situação, mas estava determinado há concluir aquele ano de estudo.
Sentia-me inseguro, sem apoio, numa
terra longe de minha parentela. As pessoas que eu esperava receber um apoio em
momentos cruciais viraram as costas para mim. Hoje entendo que tudo isto era um
plano do Senhor Jesus Cristo.
Neste ano aos vinte e três estava
bem sensível. Segundo a Psicologia o ser humano a partir dos vinte e três anos
fica mais religioso, amoroso, mais preocupado com a própria espiritualidade. Na
escola ouvia as pessoas dizer, você tem
jeito de padre, outro dizia - você
tem cara de padre. Acabei adotando essas expressões.
Em momentos de crises sempre surgirá
oportunidades para sair da mesma. Na escola fazia trabalhos, provas, redações
para os colegas em troca de alguns trocados para sobreviver. Para as
professoras eu produzia tábuas de cortar carnes, colheres de pau, quadros
entalhados. Desdobrando-me para suprir a vida.
No mês de julho de 1998 comecei a
freqüentar a Renovação Carismática da igreja São Francisco em Campo Grande/MS.
Adentrei para o movimento de forma tímida. Logo estava bem atuante. Iniciei no coral da igreja e posteriormente lá
estava eu participando do grupo de liturgia.
Alguns costume e rituais daquela
multidão não me persuadiam a prática e a crer. Só acreditava em Jesus. Não
rezava ave Maria, não cria em santos e odiava os momentos das velas acesas.
Todavia com essas discordâncias, insistia em permanecer naquele lugar!
Observador e pesquisador, percebia
algumas contradições importantes. A Bíblia diz que o bispo deve ser casado (1
Tm. 3.2) embora o clero praticava o celibato. A condenação de ídolos e imagens
(Ex. 20.4; At. 15.29) não era observado e praticado por ninguém. Mas no fundo
do meu âmago, algo me incomodava que isto era inaceitável.
Contudo isto queria ainda ser um
sacerdote da Ordem Franciscana. Resolvi que em 1999 iria para o internato para
terminar o segundo grau e em seguida adentrar no seminário. No entanto, como
diz a Bíblia - Há caminho que parece
direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte (Pv. 16.25).
Foi
numa quarta-feira de novembro de 1998 que o Senhor Jesus Cristo me proporcionou
uma experiência agradável e gostosa. Naquele dia Cristo atendeu um pedido
meu... Deu-me uma visão sobre o que iria acontecer ali mesmo...
Após
este episódio passei três dias bem contritos... Relembrando da experiência e me
emocionando... Quando foi no terceiro dia (sábado) pela manhã, estava eu num
restaurante... Quando avistei um homem... E pensava comigo, este homem precisa entrar aqui... Mas
ele ficou em dúvida se entrava ou não entrava... Não entrou! Prosseguiu... E eu
pensava, aquele homem precisa entra aqui. Porque está indo embora? Então, ele
deu meia volta e enfim entrou naquele lugar... Era o irmão Níveo, o qual era
presbítero em Rochedinho/MS.
Começamos
conversa sobre minha experiência e Bíblia. Depois ele disse, vejo que você conhece um pouco da Bíblia,
você não quer aceitar Jesus como seu Salvador? Logo respondi - quero sim! Mas algo me tentou
desencorajar... Se você aceitar Jesus,
você tem que virar crente... A dúvida veio... Mas dentro mim uma voz me
dizia, aceita Jesus e fica onde você
está... Então decidi, aceito a Jesus
e fico onde estou mesmo... E dirigimos até a cozinha do restaurante. Dobrei
meus joelhos e o presbítero Níveo orou por mim. Com isso a porta se abriu para
o Espírito Santo trabalhar na minha vida...
O
dono do restaurante era um crente da Assembléia de Deus e naquele mesmo dia me
convidou para ir até a igreja. Era ceia do Senhor... Senti algo muito gostoso,
que me fez promete a mim mesmo: vou
voltar àquela igreja, senti algo gostoso que nunca senti antes... Fui vária
vezes, mas não queria sai da onde estava. Passava lá enfrente escondendo a
Bíblia para ir a Assembléia de Deus.
Um dia lendo as Escrituras
o Espírito Santo falou ao meu coração para sair daquele lugar... E eles, quer ouçam quer deixem de
ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio
deles um profeta (Ez. 2.5). Sem saber ao certo profetizei que frei Moacir
iria para o Vaticano e assim sucedeu... Ouvi a voz de Deus e sai daquele
lugar...
E
já faz alguns anos que encontrei a Luz... A verdadeira paz: Jesus Cristo!!
FÁBULAS E
METÁFORAS
A Atravessia da Bicharada
Numa ilha paradisíaca, um grupo de
bichos vivia feliz. A fauna e a flora da insula era lindíssima e inesquecível.
A bicharada convivia em plena alegria e paz. Essa linda ilhota ficava entre
outras formando um grande arquipélago. Certo dia, a fauna foi surpreendida pelo
inesperado.
Aquela ilha segura se tornou um
lugar de pavor, devido a um incêndio enorme. Ninguém sabia explicar como surgiu
o grande fogo. A correria foi gigante.
Cada bicho se desorientou sem saber o que fazer. Todos viam suas vidas sendo ameaçadas.
Juntos procuravam uma solução para o problema. Decidiram sair da ilhota no
barco que pertencia ao tatu – Amigos
fugiremos daqui no barco do tatu, disse o macaco. Todos correram à
embarcação para lançá-la ao mar.
Os animais começaram atravessar o
grande mar em direção a outra ilhota. As águas estavam tranqüilas. Com isso a
navegação prosseguia bem. Mas esse quadro não permaneceria por muito tempo.
Uma tempestade aproximava
rapidamente ao barco – Olhe amigos,
aquela ventania – disse o galo. Os ventos eram fortes e velozes. Uma rajada
inesperada fez o bote bater numa pedra, danificando o casco. A abertura no
fundo do barco levou alguns bichos ao desespero, pois a água ia subindo
vagarosamente. Uma parte dos animais acreditou que a canoa iria inundar.
Os medrosos apossaram dos salvas
vidas que existiam e saltaram no mar. Imaginando que a embarcação afundaria. O
restante liderado pelo cachorro iniciou uma operação para retirar a água – Meus amigos peguem alguma coisa para jogar a
água de volta ao oceano – orientou o cão dando um exemplo àqueles medrosos
e covardes que só pensaram em si mesmo. Pegaram seus salvas vidas e abandonaram
os demais – Eu vou pular desse barco, ele
vai submergir – disse a raposa. Vou
também sair daqui. Não quero morrer como os demais – argumentou a cobra
apropriando de outro salva vida.
Os corajosos unidos continuaram o
trabalho em equipe para resolver a ameaça. Enquanto uns remavam outros tiravam
a água. Sempre sob o incentivo do líder – Vamos,
vamos... Conseguiremos chegar à outra ilha – estimulava o canino. E assim
sucedeu, aportaram todos salvos na praia.
A ilustração acima acontece todos os
dias, todas as horas e minutos. Praticada por pessoas covardes, insensíveis,
egoístas e oportunistas. Ao perceberem as dificuldades que irão se levantar ao
longe, pegam seus salvas vidas e...
As adversidades, as
crises das vidas é um solo fértil para desenvolver coisas boas. As angustias do
dia a dia pode transformar amigos em coisa melhor - Em todo
o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão (Pv. 17.17). Mas às vezes isto é ignorado e alguns optam por outros
caminhos mais sinistros.
Infelizmente o mundo está repleto de
pessoas que em momentos de crise e adversidade, abandonam amigos, empregos,
princípios, cônjuges, valores cristãos, etc. Acreditam que estão fazendo a
coisa certa, salvando-se. No entanto condenam a si mesmo. Suas ações serão
usadas contra os mesmos.
Todas as coisas que praticamos são
registradas. Nossos comportamentos, nossas atitudes estão sendo eternizadas
para serem julgadas - E vi os mortos, grandes e pequenos, que
estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o
da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras (Ap. 20.12).
Aprendendo com os Ouriços
(Texto adaptado por Luciano Rogério de Souza)
O mamífero
ouriço cacheiro, aparentemente parece um bicho horrível e nojento. No entanto é
dócil e inofensivo desde que não seja incomodado. Roedor noturno pode ser
encontrado em vários lugares com diversos nomes como, porco-espinho, cuim e
ouriço. Esse animal exótico tem muito a ensinar ao seres humanos. Alias
inúmeros animais irracionais, tem várias verdades para ensinar para os animais
racionais (homem) por meio de seus comportamentos e hábitos.
Todos
sabem que o inverno em alguns lugares é intenso e vigoroso. A baixa temperatura
nessas regiões chega a ser uma grande inimiga da vida. Os ouriços nessas
localidades, para preservar a vida, se agrupam para tão somente manter o fôlego
da sobrevivência. O processo é simples e cruel.
Para
manter a temperatura dos corpos, os ouriços dormem em bando. Quando mais
juntos, mais quentes ficam e mais fortes se tornam contra o frio impiedoso. Só
que quando mais próximos mais machucados ficam. Os espinhos espetam até
sangrar. Perfuram profundamente o couro dos ouriços! Mas isto é importante para
se manterem vivos. Ouriços que não suportam essa condição e se afastam do
bando, acaba morrendo de frio, por estar sozinho e isolado dos demais. Portanto
o ouriço que não suporta os espinhos morre congelado.
Nos nossos
relacionamentos cotidianos, somos feridos por espinhos ou espinhadas. Às vezes
essas espinhadas são de pessoas mais próximas, mais queridas, etc. Ao espinhado
basta reconhecer a natureza verdadeira de quem o espinhou. Todos os seres
humanos independente de religião são falhos, fracos, pecadores e limitados.
Somente a graça de Deus para diminuir esses sintomas do pecado original. Atente
para isso: diminuir e não exterminar para sempre esses sintomas.
A Bíblia
Sagrada tem vários textos que ressalta o suportar (Ef. 4.2; Cl. 3.13). A
palavra grega do texto sagrado anekomenai,
foi traduzida como “suportar”, que significa ter paciência com uma pessoa até
que ela pare de provocar. É essa atitude que devemos adotar, quando somos espinhados
em nossos relacionamentos. Não podemos esquecer também que todos espinhados são
espinhadores, por isso devemos suporta uns aos outros. Atentamos para a
orientação bíblica e empenhamos com toda nossa alma, amor, força, inteligência,
entendimento para cumpri-la: Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém
tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós
também (Cl. 3.13). Se não suportamos as espinhadas
diárias, iremos morrer de frio e sozinho como os ouriços que se afastam do
bando.
Comida de Piranha
Dois
missionários foram enviados para evangelizar a região do Pantanal. Assim
começaram a proclamar as boas novas do Reino de Deus naquela localidade.
O trabalho não era fácil, mas o
resultado era satisfatório: Jesus curava, libertava e batizava com Espírito
Santo. Os missionários muito se regozijavam com as maravilhas que o Salvador
realizava no meio dos ribeirinhos. As pessoas eram abençoadas em nome de Jesus.
Um belo dia, os missionários foram
evangelizar um pequeno povoado distante de onde residiam. Nesse percurso até o
povoado, havia um rio. A água daquele rio era bem clara que o cardume de
piranhas era visível.
Os arautos chegaram às margens e
constataram o número grande piranhas. Logo um pulou e começou atravessar. O
outro dizia – Tu ficaste louco? Nem se
quer orou! – Seu companheiro já estava lá na outra banda sã e salvo! Ele,
porém dobrou seus joelhos e começou a orar antes de pular. Depois que orou ele
pulou e imediatamente foi devorado pelo cardume!
Você
deve tá pensando que coisa estranha! Não está entendendo... Ora esse missionário
que orou foi devorado pelas piranhas. Mas há um segredo aqui, um mistério a ser
compreendido.
O segredo a se desvendado é a
questão da reserva. Para nós compreendermos bem essa questão, analisemos esse
trecho bíblico. As loucas, tomando
as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo (Mateus
25.3). As loucas estavam sem azeite, ou seja, estavam sem reserva, sem crédito.
Essa verdade sobre a
importância de temos reserva com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, se
aplica aos dois missionários que trabalhavam no Pantanal. Enquanto um só orava
nos momentos de dificuldade, de adversidade e perigo. Semelhantemente há
cristãos que só oram quando a coisa aperta, quando estão em dificuldade ou
adversidade.
O outro orava constantemente. Estava sempre
revestido, protegido pelas reservas que ele mesmo produziu. Na hora da
dificuldade tinha deposito com Deus e não precisava se preocupar, pois tinha
convicção que o Senhor iria livrar de todo o mal.
Nossas orações atuam como reservas. Quando
mais oramos, mais depósitos (reservas) iremos ter. Há crente que já morreram,
mas suas orações estão depositadas em Deus e serão respondidas. Portanto a
oração tem uma ação póstuma. E, havendo
tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se
diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos (Ap. 5.8). Com base neste versículo é que
cremos que as orações dos cristãos estão registradas. Neste texto está evidente
que as orações dos seguidores de Cristo estavam registradas num livro que
ninguém poderia abrir a não ser Jesus Cristo. Mas quando ele abriu as orações
foram respondidas. E nele estavam registrados as orações de servos de Deus, que
estavam vivos e outros que já haviam morrido.
Contando Milhos
Após
anos de guerra entre dois reinos, o rei vencedor manteve alguns prisioneiros
como troféu. O monarca colocou três soldados para vigiarem os encarcerados de
guerra.
Estava
tudo tranqüilo no palácio real. Até que certo dia essa paz, foi interrompida.
Numa noite fria e chuvosa, um cativo aproveitando o descuido dos guardas,
fugiu.
O
rei ao tomar conhecimento do incidente ficou muito furioso e mandou chamar os
vigias dos aprisionados. Os soldados haviam cochilado no turno de serviço. Por
isso o rei ficou super bravo: oficiais
dormindo em pleno horário de trabalho, disse o rei. Após o extenso sermão
da majestade, veio à punição: os guardas deveriam contar, quantos grãos de
milhos há em dez sacos. Os que conseguissem não seriam decapitados. Os
dorminhocos tinham dez dias para contar todos os grãos, para salvarem suas
vidas e anular a sentença de decapitação.
A
tarefa de contar os grãos não era nada fácil. Os dias iam passando e os
reclusos não conseguiam contar todos os grãos. Até que o prazo para computar se
expirou. Após os dez dias, os soldados foram levados a presença do rei – Salve majestade! Eis aqui os homens que dormiram em
serviço, disse o carrasco – Alguém
conseguiu terminar a contagem, indaga o soberano – Não meu senhor, ninguém completou a contagem, responde o algoz.
Em
seguida o executor começou explicar as situações dos condenados – Meu rei, este primeiro desistiu da contagem,
quando estava contando o terceiro saco – Certo, disse o soberano ouvindo com muita atenção – Este segundo majestade, perseverou um
pouquinho mais, contudo também desanimou. Ele havia contado seis sacos até o
sexto dia. Perdeu a conferência e logo desistiu – Prossiga, disse o rei – Esse
daqui meu senhor, perdeu a contagem por várias vezes, mas não desanimou,
perseverou até o último dia. No último dia ele estava contando o penúltimo
saco. No entanto o prazo havia encerrado – Correto, expressou o rei.
Nenhum
dos soldados conseguiu realizar a tarefa, por isso todos iriam ser decapitados,
porém a perseverança do terceiro condenado sensibilizou o rei – Você que não desistiu da contagem,
perseverou até o fim, será poupado da guilhotina. Os demais serão executados
– Determinou o monarca.
Essa
estória coloca em relevo uma lição muito importante: a perseverança. Ainda que
a circunstâncias forem contrarias (Ex. 14. 15-31). Embora as perseguições sejam ardentes (1 Pe. 4.12).
Mesmo que as igrejas estejam institucionalizadas (1 Co. 1.31; 1 Co. 11. 17-22),
antibíblicas (1 Tm. 4.1), não podemos desanimar da caminhada rumo ao céu. A
Bíblia salienta a questão da perseverança para quem quer vencer, chegar até o
fim – Aquele porém que perseverar até o
fim será salvo (Mt. 24.13).
O Peixinho
e a Pombinha
Em algum lugar do passado,
aconteceu algo inusitado. Lá pelo lado das planícies da Mesopotâmia. Conta-se
um historia de uma pombinha e um peixinho. Junto a um lago que existia por lá,
tinha uma árvore. Todos os dias por volta do meio-dia, horário de calor intenso,
uma pombinha assentava nos galhos para se refrescar.
Um belo dia estava lá a pombinha
se refrescando, quase cochilando, quando de repente foi surpreendida. Olá como vai você? Está se refrescando?
A pombinha educadamente respondeu – Vou
bem... O peixinho insistia em
dialogar – Percebo que todos os dias
você vem para cá se refrescar! Ela argumentou – O sol está muito quente nesses dias do ano!
Com o tempo a amizade e a
intimidade do peixinho com a pombinha aumentavam. Olá meu amiguinho como vão as coisas por aqui? Ele de imediato
disse – Está tudo bem, tudo sob controle!
E o tempo
foi passando, passando... As conversas entre eles estavam mais prolongadas. Com
isso foi crescendo um sentimento entre ambos. Apaixonaram-se! Começaram as
juras de amor. Voto de fidelidade. A pombinha que assentava naquela árvore
somente ao meio-dia, passou a ir quatro vezes por dia àquele lugar.
Intensificando ainda mais seus sentimentos.
Não demorou, para que os dois
tomassem uma decisão radical. Vamos viver
juntos, não consigo ficar longe de você – disse o peixinho – Eu também já não consigo ficar muito tempo
sem ti ver – argumentou a pombinha.
Após a
decisão veio a realidade; aonde os dois viveriam juntos? No lago a pombinha não
sobreviveria, por certo morreria afogada. O peixinho fora do lago também não
iria sobreviver, depois de alguns minutos iria falecer.
Por meio dessa fábula, fica bem
definido a situação do Cristão e o amar o mundo. O cristão amando o mundo, não
teria como pertencer, viver na Igreja de Cristo, por certo morreria
espiritualmente e se afastaria da igreja. O mundo também não consegue
sobreviver dentro de um crente fiel. Este amor é impossível de se viver. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no
mundo, a concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai,
mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência: mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo. 2. 15-17).
O Velhinho Sonhador
Era uma vez um velhinho sonhador que
morava numa vila bem pequena. Esta era bem pobre. As coisas por lá não era
fácil. A população sempre vivia pesarosa com a situação da vila. Os moradores
viviam em constantes necessidades, aflições e humilhações.
Mas com toda essa realidade da
vilinha, corria uma conversa, uma informação de uma cidade que o estilo, o
padrão de vida era bem melhor que daquele povoado. Esta cidade distava
aproximadamente uns
Na vila havia um velhinho de idade
bem avançada. Ele sempre ouvia dizer da grande cidade. Cidade cuja vida era
prazerosa. O velhinho com seus oitenta e poucos anos, resolveu ir procurar e
morar na grandiosa cidade.
Primeiramente o idoso começou a
propagar que iria para tal cidade. Os acomodados da vila, logo começaram a
chamá-lo de “velhinho sonhado”. Ele não importava. Havia tomado a decisão: “Quero morar na grande cidade”,
expressava o sonhador.
Então começou o velhinho sua marcha,
sua peregrinação rumo a cidade de seu sonho. O curioso é que no percurso da
viagem, ele começou a ser sustentado milagrosamente. De distância em distância,
havia sempre um banquete o esperando.
Quando o velhinho peregrino chegou a
distância de dois terço do caminho, o cansaço, o desânimo tentou apoderá-lo. Há
vários meses, o sonhador estava andando para a grande cidade, sempre a pé.
Naquele momento pensou profundamente; “Se
eu parar aqui, com certeza morrerei. Se eu tentar voltar a distância é maior do
que a que falta pra chegar. Devo prosseguir está faltando pouco”. Assim o
ancião, reanimou, adquiriu forças pra prosseguir rumo a cidade especial.
Quando o velhinho sonhador chegou a
grande cidade pôde constatar que tudo o que houvera escutado sobre a cidade era
verdadeiro. A vida era mais prazerosa. Tudo era melhor na grande cidade.
Essa história ilustra bem a
realidade do crente em Jesus cristo. Vivemos num mundo (vila), que as aflições
são tantas, as necessidades são inúmeras, as iniqüidades são incontáveis. Mas
há um desejo que nos move, a buscar nossa entrada na Jerusalém Celestial (a
grande cidade), lugar que a vida será melhor e mais prazerosa.
Somos iguais ao velhinho sonhador,
com todas nossas fraquezas, limitações, estamos marchando para a grande cidade.
Nossa fragilidade humana é representada pela velhice.
Na nossa peregrinação sempre somos
alimentados, sustentados espiritualmente de forma milagrosa. Com banquetes que
o Senhor Jesus nos prepara ao longo da caminhada.
Às vezes durante o percurso somos
chamados de sonhadores, de fanáticos, de bobos porque acreditamos que há uma
mundo melhor, que uma cidade gloriosa
nos espera, de ouro puro e repleta de pedras preciosas.
Há momentos que queremos estagnar,
recuar, voltar ao ponto de partida, mas somos persuadidos que o melhor é
prosseguir. Pois a promessa é para aqueles que perseveram. “Mas aquele perseverar até ao fim será salvo”, (Mt. 24.13).
Assim como o velhinho pôde comprovar
que tudo o que havia ouvido era real. Nós também ao chagarmos a Jerusalém
Celestial, constataremos que tudo que há na Bíblia sobre ela é verdadeiro. “ E Deus limpará de seus olhos toda
lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”
(Ap..21.4).
Os três soldados
Durante
a Segunda Guerra Mundial, a França fez um apelo as suas colônias na África, que
precisavam de voluntários para defender o país. Três jovens, Paul, Pierre e
Jean, se alistaram para lutar ao lado dos franceses. Os combatentes das colônias receberiam a
cidadania francesa no final da guerra. Após uma batalha ferrenha que quase
custaram lhe a vida. Quando os três soldados se alimentavam, Paul inicia uma
reflexão sobre os motivos que os levaram a guerrear pela França.
Paul
começou a indagar os compatriotas – Jean
por que você resolveu participar desta guerra? – Olha não vou mentir para você Paul. O que me motivou a tomar parte
desta guerra foi o dinheiro. O salário oferecido para os combatentes é sedutor –
E você Pierre? Perguntou Paul – A questão do reconhecimento foi o fator que
mais me impulsionou a lutar nesta guerra. Após a guerra, quando eu andar pelas
ruas, as pessoas irão dizer: ali vai um ex-combatente! Confesso que isso me
dará prazer, argumentou Pierre – E tu
Paul qual é o seu motivo? Investigou Jean – Para mim, a causa da guerra é verdadeira. Esse tirano, louco e
sanguinário, deve ser derrotado! Seus pensamentos e comportamentos são
desvairados. Sua opressão e imposição foi que me despertou a entrar nesta
peleja, comentou Paul. A história destes três soldados serve como uma
ilustração, uma reflexão sobre uma temática relevantíssima: há várias pessoas
que tralharam por uma mesma causa, mas por motivações diferentes.
As
pessoas são motivadas por uma série de fatores externos e internos. Isto se dá
em qualquer momento. Na prática esse processo acontece pela força do motivo e
pelo padrão dos motivos que influenciam nossa visão e cosmovisão, determinando
nossos pensamentos e nossas ações. Os motivos pairam e se combinam em diversos
instantes em inúmeros padrões. Alguns motivos de um ser humano atuam
continuamente e o seu comportamento é controlado por eles. As origens da
motivação social (externos) oscilam entre várias teorizações. São esses motivos
sociais (externos) que controlam a maioria do nosso comportamento diário. Nem a
obra de Deus está imune destas influências (praticas por falsos obreiros).
A seara do Mestre é composta por milhões de obreiros. É verdade que
alguns trabalham por dinheiro, outros por reconhecimento e outros por fama.
Apesar disto a grande missão da Igreja está sendo realizada: a proclamação das
boas novas. Ah! Estava esquecendo-se de frisar sobre aqueles que labutam pelo
Reino de Deus e a sua causa real, ou seja, amor as almas, aos pobres, aos
necessitados e aos oprimidos. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas
outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não
puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por
amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto
que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade,
nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará
salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo (Fp. 1. 15-19).
A Troca de Senhores
Conta-se
que certo servo, cansado dos maus tratos do seu senhor, iniciou um plano de
fuga. Foram vários meses de observação de quando e como obteria sucesso na
fuga.
O servo
tinha razão de empenhar-se em uma estratégia para fugir. Os abusos eram demais
e perversos. Certo dia o senhor mau, obrigou-o a carregar nu, água a noite
inteira. Em outra ocasião determinou que ele comesse a famosa lavagem (resto de
comida para porcos e galinhas). Mas o abuso mais humilhante foi no dia que o
forçou a comer fezes de animais. Nesse dia o servo se sentiu muito humilhado e
revoltou-se no seu interior.
O senhor
malvado era poderoso e tinha vários outros servos. Numa noite fria, que poderia
ser mais uma noite comum, surgiu uma conversa sobre outro senhor que tratava
seus servos de forma humana e amorosa – Ouvi
falar que lá pelas bandas onde sol nasce existe um senhor que trata melhor seus
servos, disse um dos escravos. O
servo que tinha elaborado o plano de fuga se sentiu mais motivado ainda para
fugir quando ouviu essa conversa. Quando lá chegou, constatou que realmente, o
senhor bom, de quem tanto falam, não era só bom. Era justo e muito bom!
Essa
ilustração do servo que buscava trocar de senhores é bem explicada na epistola
aos Romanos. Nesta carta o apóstolo Paulo, afirma que o homem sem Cristo é um
servo do pecado – Os antigos desejos
malignos de vocês foram pregados na cruz juntamente com ele (Jesus); aquela
parte que em cada um de vocês tem a tendência de continuar pecando foi esmagada
e mortalmente ferida, de maneira tal que esse corpo, amante do pecado, não está
mais sob o controle do pecado e não necessita mais ser escravo dele –
(Romanos cap.6 ver.6 - Nova Bíblia Viva). O dominador pecado foi destronado
pelo sacrifício de Cristo. Hoje podemos escolher a quem queremos servir. Antes
de Cristo os homens não tinham escolha. Mas Jesus Cristo concedeu essa decisão:
a humanidade pode se revoltar contra o senhor pecado – Nunca mais o pecado deverá voltar a dominar vocês, pois agora vocês não
estão mais debaixo da Lei, mais livre sob a graça de Deus - (Romanos cap.6
ver. 14 - Nova Bíblia Viva).
O homem
foi liberto do senhor mau (pecado). No entanto deve servir outro senhor – E agora estão livres do senhor, o pecado; e
tornaram-se escravos do novo senhor, a justiça (Jesus) - (Romanos cap.6
ver.18 - Nova Bíblia Viva). O homem como servo do pecado não tem nenhum
benefício. Pelo contrario só tem dores, sofrimentos, derrotas e morte. Com Deus
a situação é outra bem diferente – Agora, no entanto, estão livres do poder do
pecado e são escravos de Deus. E entre os benefícios que ele dispensa a vocês,
está a santidade cujo fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte,
mas dádiva gratuita de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor
- (Romanos cap.6 vers. 22 e 23 - Nova Bíblia Viva).
Faça como
aquele servo, fuja do senhor mau (pecado) e vá procura do outro Senhor que é
bom e justo (JESUS).
O Lobo Velho
Conta-se que um velho lobo estava com
problema para se alimentar. Não conseguia pegar as suas presas mais favoritas:
ovelhas novas.
Ele dependia de favor e ajuda dos
lobinhos novos para se manter vivo. As perseguições que a realizava atrás das
ovelhinhas já pertencia ao passado. Quando era um jovem cheio de vigor físico
para caçá-la.
Esse quadro de dependência o levava a
lamentar – Me sinto um inútil, disse
o velho lobo – Imagine! Argumentou o
lobinho encorajando-o – Eu gosto de comer
as ovelhinhas que eu mesmo caço. Não posso mais...
O lobinho comovido com aquela
lamentação fez uma sugestão – Por que
você não muda a estratégia para apanhar as ovelhas? Curioso, o velho lobo
indagou – Como seria isso? – Por meio de um disfarce... Você se veste com
lã... Não ruiva mais como antes... Mas comece a berra como as ovelhinhas! Assim
você se aproxima do rebanho. Daí é só escolher sua presa – O velho lobo
seguiu aquela instrução. E deu certo.
É sabido que na Bíblia, há várias
conotações para o diabo, como ladrão, inimigo e lobo. Nesta fábula é usada de
lobo para elucidar sua tática para devorar suas presas (homens).
O próprio apóstolo Paulo advertiu
sobre a artimanha de satã – Ainda assim não estou surpreendido, pois o
próprio satanás pode transforma-se num anjo de luz (Nova Bíblia Viva, 2
Co. 11.14). Só para reportar, ele disse isto, quando estava abordando sobre
falsos obreiros que auto se intitulava como obreiros de Cristo.
Atualmente esta velha armadilha tem
se multiplicado espantosamente em obreiros com suas igrejas, que se apresentam
como obreiros verdadeiros e igrejas verdadeiras de Jesus Cristo (mas não é).
Essa suposta luz é meramente externa, pois no interior só existe densas trevas.
Então como distinguir obreiros das
trevas (que se passam como verdadeiros) dos obreiros corretos da luz? Orando a
Deus e pedindo discernimento...
Interpretação Arminiana de Efesios 2. 8,9
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
É bem verdade que a
interpretação calvinista dos versículos em apreço é a que mais tem circulado no
circuito evangélico brasileiro. Mas por quê? A resposta é fácil! Isto se refere
tão somente a formação dos formadores de opiniões no meio evangélico. Essa
hermenêutica predomina nos seminários, em cursos de teologia a distância, na
literatura evangélica, etc. Aos poucos a igreja evangélica no Brasil está
saindo do alcance desses tentáculos.
Atualmente
há muita produção literária evangélica da corrente arminiana no mercado. Graças
a Deus por isso! Outrora a ausência desse material era gritante. Há também uma
multiplicação de formadores de opiniões (bispos, pastores, reverendos,
apóstolos, obreiros, etc.) que professam o arminianismo (corrente teológica que
defende o livre arbítrio humano).
Os
versículos a seguir é um texto clássico da hermenêutica calvinista (que crer
que o homem não tem livre arbítrio) para defender a predestinação ou o
pensamento que Deus já decretou tudo, não restando mais nada para o homem a não
se executar os “planos divinos”
elaborados na eternidade. Todavia precisamos realizar uma interpretação, uma
exegese que respeite o propósito da epístola, a contextualização e a gramática.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
O
dom de Deus ao que refere o apóstolo Paulo, é simplesmente Cristo. Ele é o
presente para a humanidade, o sacrifício perfeito e completo. O elo que faltava
na corrente entre Deus e os homens. Esse elo os homens não podiam produzir, só
correspondê-lo (por meio da fé). Esse Dom é o favor que os homens não mereciam.
Portanto, Cristo é o presente do Senhor como também a graça (favor imerecido)
que faltava para recomunhão entre Deus e os homens. Agora possível devido à misericórdia de
Deus!
Outro
aspecto do versículo oito é que Paulo não afirma que o cristão já está salvo
como querem os calvinistas (uma vez salvo, salvo para sempre). O texto não dá
respaldo à interpretação de um ato absoluto ou concluído, pelo contrario ele
aborda um processo em andamento: “estais sendo salvos”. Esta é a tradução
correta do grego, que desmorona o pensamento que não aceita a salvação como um
processo em progresso.
Outra
problemática do versículo é a tradução que ignora a gramática grega. Eis a
tradução correta: ”mediante a graça ou por meio da graça”. A partir desta
correção da velha argumentação, que a salvação é por meio da fé e esta operada
exclusivamente por Deus, não resiste à exegese do texto em apreço. As traduções
correntes enfatizam a fé associada à interpretação calvinista. No entanto a
tradução exata enfatiza a graça, que a salvação é por meio desta graça (Cristo),
somente ela. Porém para adentrar a esta graça maravilhosa o individuo precisa
(decisão) dá o primeiro (da parte do homem) passo (Js. 24.15; Ap. 3.20). A fé é
a chave que abre a porta da graça divina, que conseqüentemente (isto é
permanecer na Palavra) conduz o homem a salvação. Cristo (a graça) é a
oportunidade para a humanidade, que precisa ser correspondida.
A
salvação, que vem mediante a graça, por mediação da fé, é dom de Deus. A salvação
não é uma realização, e, sim uma dádiva. Isso partiu de nenhum outro, a não ser Deus.
Mas na engrenagem da salvação, para realização dela, a escolha humana é a peça
que falta, para que o Espírito Santo venha pontecializar esta decisão (fé), que
é o segundo passo da salvação. Esse passo humano é uma reciprocidade para com
Deus. O primeiro passo da salvação foi dado pelo Senhor no Calvário, restando
ao ser humano dá o segundo, aceitar (escolha) o Senhor Jesus como único e
suficiente Salvador!
A
graça (salvação) não é gratuita, custou alto preço (sangue de cristo). Deus
teve que se despir da sua gloria e vir a terra para poder fornecê-la (Fp. 2.
5-8). Desta forma, ela custa também um preço aos interessados. Para poder
adquiri-la o homem precisa saldá-la por meio de fé, renuncia, entrega sem
reservas, etc.
A
fé é a mola propulsora da salvação. Observe esta metáfora: o homem produz muita
coisa com as mãos. Entretanto a mão só irá produzir, impulsionada pelos nervos
e pelos músculos. Os dois (nervos e músculos) só operam por sinais enviados
pelo cérebro. Da mesma forma para que a salvação aconteça é preciso do impulso
da fé e da instrumentalidade da mesma. De outra forma nada poderá ser
realizado.
A
fé é um dispositivo que Deus forneceu aos homens. Adão não tinha fé e não
precisava dela. Sua comunhão com o Senhor era perfeita. Após sua queda ele
perdeu a comunhão, ou seja, o elo dos mundos natural e espiritual. Depois deste
fato, Deus cria então a fé (dispositivo) para religar os dois mundos novamente.
Os mundos estão unidos de novo em Cristo, por meio da fé que é um produto que é
iniciado pelo homem (escolha pessoal) e acabado pelo Espírito do Senhor
(providência divina).
A
fé não é o dom de Deus no texto em estudo! O autor diz que o dom de Deus é a
graça. É isto que ele queria transmitir a igreja. Esta argumentação está fundamentada
no texto grego.
A fé como dom é aquela que se
encontra em (1 Co. 12.9), para realizar maravilhas, milagres, etc. A fé para
salvação inicia em uma escolha pessoal do homem. Após esta decisão, o Espírito
Santo tem permissão para atuar sobre ela, dinamizando-a para que os seres
humanos suportem as circunstâncias contra a fé. O versículo é bem coerente,
distingui os aspectos (divino/humano) corretamente: a graça (salvação) vem de
Deus; por meio da fé (escolha). Eis ai o quebra-cabeça da salvação que contem
apenas duas peças. A peça de Deus (graça) e a peça do homem (fé).
A pequena aranha
(texto adaptado)
Certo missionário cristão foi enviado a
um povo hostil e idólatra. Os nativos daquele país rejeitaram a mensagem do
Evangelho.
Começaram perseguir o missionário para
matá-lo. Em fuga o servo de Deus entrou numa floresta. E escondeu numa pequena
caverna. Ali dentro ele clamava – Senhor Jesus, envie um anjo para me socorre!
Pois tua Palavra diz: o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os
livra.
Após o clamor, uma pequena aranha
estava na porta da caverna, tecendo a teia. Ele desesperado ouvia os
perseguidores que se aproximavam.
Depois de alguns minutos, os homens
chegaram perto da caverna – Olhe aquela caverna! Talvez se escondeu lá!
Ao chegar à porta, a mesma estava tomada por uma teia que a aranha
havia tecido. Logo deduziram – Aí não tem ninguém, olha só esta teia!
Existe há anos. Vamos continuar procurando.
Com esta ilustração aprendemos que o
Senhor Jesus, sempre nos surpreende. Às vezes pedimos uma coisa e Ele manda
outra. Contudo devemos manter a certeza de que Cristo não erra! Ele é
Onisciente! Ainda que no momento não entendemos seu agir, devemos sempre crê
que Jesus Cristo irá nos socorrer!
Responde Jesus e disse-lhe: o que eu
faço, não sabes tu, agora, mas tu p saberás depois ( João 13.7)
BIOGRAFIA
Luciano
Rogério de Souza serve ao Senhor desde fevereiro de 1999. Teve sua experiência
pessoal com Cristo Jesus em Campo Grande capital do Mato Grosso do Sul, local
onde foi batizado.Foi ordenado a diácono em dezembro de 2001. Consagrado ao
presbitério no dia 23 de novembro de 2002, pelo pastor Sergio Jara Canhete. Até
então pastor supervisor do setor 09 (Boa Vista) em Campo Grande – MS. Obedecendo
a voz de Deus retornou para sua cidade natal (Paranaíba/MS) em setembro de
2004. O Presbítero Luciano tem um Ministério voltado ao ensino, mormente para
com a Escola Bíblica Dominical e curso Teológico. Além deste compêndio de
artigos, o autor já havia publicado um romance intitulado Amor Amargo em 1996. Já escreveu artigos para outros jornais
evangélicos e seculares. Escreveu o livro infantil As Aventuras do Gelo Gigi (não publicado) e Psicanálise e Educação: a aprendizagem trilhando o caminho do gozo (monografia
disponibilizada em livro). Luciano é formado em Pedagogia pela Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS. Fundador e editor da Folha
Assembleiana. Atualmente cursando Técnico
em Administração pelo IFPR - (Instituto Federal do Paraná).
– Pb.
Luciano Rogerio de Souza
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